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Estado de Minas

Reforma trabalhista deve ser votada na Câmara até o fim de abril, diz relator

Rogério Marinho (PSDB-RN) afirmou que o texto deve ser aprovado na Comissão Especial até quinta-feira, ficando pronto para chegar ao plenário


postado em 17/04/2017 11:49 / atualizado em 17/04/2017 12:27

Rogério Marinho disse nesta segunda-feira que o objetivo do projeto de lei é modernizar a CLT para 'adequá-la ao espírito do tempo'(foto: Lucio Bernardo Jr/Câmara dos Deputados)
Rogério Marinho disse nesta segunda-feira que o objetivo do projeto de lei é modernizar a CLT para 'adequá-la ao espírito do tempo' (foto: Lucio Bernardo Jr/Câmara dos Deputados)

O deputado Rogério Marinho (PSDB-RN), relator da reforma trabalhista, prevê que o Projeto de Lei 6.787, que modifica 117 pontos da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), deve ser votado até o final deste mês na Câmara. No Senado, a previsão é que o texto deve ser aprovado entre final de maio e começo de junho, disse a jornalistas após fazer palestra na Câmara Americana de Comércio (Amcham).

O texto da reforma trabalhista deve ser votado na Comissão Especial da Câmara na quarta ou quinta-feira desta semana, segundo o deputado. Com isso, fica pronto para ser enviado para o plenário. Pelo cronograma esperado, o projeto entraria em vigor em meados de junho, antes do recesso parlamentar.

Questionado se a lista do ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), que inclui vários deputados e senadores, atrapalha o trâmite da reforma, Marinho disse que o judiciário está funcionando, o Ministério Público está funcionando, a Polícia Federal está funcionando e o Congresso tem que funcionar.

O deputado afirmou aos jornalistas o que já havia dito na sua palestra, que durou pouco mais de 30 minutos na sede da Amcham. "O objetivo do projeto de lei é modernizar a CLT para adequá-la ao espírito do tempo", disse ele, destacando que a legislação foi criada quando o Brasil era um país rural e pensada para a industrialização que começava a ocorrer.

"Hoje 70% da população empregada com carteira assinada está no setor de serviços. Estamos no limiar da quarta revolução do emprego, com a robótica, aplicativos, trabalho em casa."

Marinho disse que as mobilizações contra as mudanças na legislação trabalhista "são perfeitamente naturais e fazem parte da democracia", mas ele afirmou que, em muitos casos, as criticas ao projeto são improcedentes.

"Se diz que haverá a precarização do trabalho e retirada de direitos. Todos os direitos do trabalhador brasileiro estão na Constituição. O projeto moderniza nossa legislação."

A tramitação da reforma da Previdência, disse o parlamentar, não atrapalha o andamento do texto da reforma trabalhista.

"Tem um cronograma diferenciado. Só na primeira ou segunda semana de maio é que a Previdência deve ser votado em plenário na casa."


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