Rio - Um confronto de grandes proporções começou neste fim de tarde de sexta-feira, no Centro do Rio, depois que manifestantes mascarados jogaram objetos em policiais em frente à Assembleia Legislativa, na Praça 15. A confusão se espalhou pelas vias próximas, chegando às avenidas Rio Branco e Presidente Vargas e à Praça da Candelária.
Policiais do Batalhão de Choque avançam com escudos e lançam bombas de efeito moral e gás lacrimogênio, além de dispararem tiros de bala de borracha. Manifestantes correram para a Presidente Vargas e em direção à Praça Mauá e foram perseguidos por policiais de motocicleta.
O confronto começou no momento em que muitas pessoas deixavam o trabalho. Empresas e lojas encerraram o expediente mais cedo, para evitar tumultos na volta para casa. No mercado popular da Saara, no Centro do Rio, as lojas começaram a baixar as portas às 15h. Houve correria e algumas pessoas entraram em lanchonetes e lojas para se protegerem das bombas de gás.
Algumas agências bancárias foram depredadas por manifestantes. As agências estavam cobertas por tapumes, que foram arrancados e incendiados.
Ônibus são incendiados no Centro do Rio
Manifestantes atearam fogo em três ônibus no Centro do Rio. Dois coletivos foram incendiados nos Arcos da Lapa, e outro em frente ao Cine Palácio, na Cinelândia.
Pelo menos nove ônibus foram incendiados na região da Lapa e Passeio, na noite desta sexta-feira, 28. Em alguns casos, os ônibus estavam enfileirados e o fogo se alastrou de um veículo para o outro.
Ainda na Lapa, manifestantes incendiaram um ônibus em frente à Sala Cecília Meirelles, onde músicos da Orquestra Sinfônica Petrobras estavam ensaiando. Músicos, o diretor da sala, o pianista Miguel Proença e outros funcionários estão presos no local, esperando a situação se acalmar.