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Estado de Minas

Relatório da reforma trabalhista fica pronto neste mês, afirma relator

''É preciso que a gente olhe para o impacto que isso pode produzir na economia brasileira, na geração de emprego'', afirmou o senador Ricardo Ferraço (PSDB/ES). relator da proposta na Comissão de Assuntos Econômicos


postado em 04/05/2017 10:49 / atualizado em 04/05/2017 11:08

Senador Ricardo Ferraço (PSDB/ES)promete entregar relatório da reforma trabalhista até o final deste mês(foto: Marcos Oliveira/Agência Senado)
Senador Ricardo Ferraço (PSDB/ES)promete entregar relatório da reforma trabalhista até o final deste mês (foto: Marcos Oliveira/Agência Senado)

Brasília - Escolhido pelo PSDB para ser o relator da reforma trabalhista na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, o senador Ricardo Ferraço (PSDB/ES), pretende apresentar o texto final da proposta para votação no colegiado ainda este mês. Além da CAE, o projeto deverá passar pela Comissão de Assuntos Sociais (CAS) antes de ser encaminhado para votação no plenário.

"Espero até o final do mês entregar meu relatório. O acervo de informação, debates, indicadores, enfim, tudo que foi feito na Câmara será levado em consideração", ressaltou Ferraço. "É preciso que a gente olhe para o impacto que isso pode produzir na economia brasileira, na geração de emprego."

Em mais uma tentativa de reduzir resistências contra a reforma da Previdência, articuladores do governo acertaram com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que a proposta só será votada no plenário da Casa após o Senado concluir a votação da reforma trabalhista, apurou o Estado.

A avaliação de interlocutores do governo é de que a votação da reforma trabalhista pelo Senado será uma sinalização importante para os deputados de que os senadores também arcarão com o ônus das reformas. Hoje, há reclamação recorrente de que só os deputados se desgastam para votar medidas impopulares, que acabam paralisadas no Senado.

Se o acerto for mantido, a reforma da Previdência só deve começar a ser votada no plenário da Câmara em junho - o calendário do governo previa início da votação em maio.

Ferraço disse que ouvirá todos, o que inclui representantes das centrais sindicais, que têm encampado uma campanha contra a reforma. A principal queixa dos sindicalistas é a possibilidade de ser extinta contribuição sindical.

O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves (MG), ressaltou que o partido irá defender que o fim da contribuição sindical permaneça no relatório final da proposta. "Essa acabou sendo uma posição consensual dentro do partido. Discutimos até uma alternativa de uma possível transição de alguns anos para que isso ocorresse. Mas há hoje uma posição amplamente majoritária pela manutenção do texto."

Aliados do líder do PMDB, senador Renan Calheiros (AL), apresentaram nessa quarta-feira, 3, um requerimento para que a reforma trabalhista seja também discutida pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), presidida pelo senador Edison Lobão (PMDB-MA), e que integra o grupo mais próximo do senador alagoano. Renan é um dos principais críticos à reforma do governo Temer.


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