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Estado de Minas

Programa da Fiemg investe em infraestrutura para Montes Claros


postado em 06/05/2017 06:00 / atualizado em 06/05/2017 08:22

Indústria de fármacos em Montes Claros: setor quer duplicar a BR-251(foto: Mario Castello/Esp. EM/D.A Press )
Indústria de fármacos em Montes Claros: setor quer duplicar a BR-251 (foto: Mario Castello/Esp. EM/D.A Press )

A Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg) lançou ontem o programa Perspectivas de Desenvolvimento Socioeconômico do Norte de Minas, focado em soluções de logística, infraestrutura, meio ambiente e desenvolvimento social consideradas fundamentais para a indústria da região. O plano oferece respostas para gargalos que impactam negativamente no desenvolvimento local, entre elas a proposta de duplicação da BR-251, trecho de 300 quilômetros entre Montes Claros e a Rio-Bahia (BR 116).

Segundo levantamento da Polícia Rodoviária Federal, a rodovia tem movimento diário 11 mil veículos, com um grande tráfego de caminhões e carretas que viajam entre o Sul/Sudeste e o Nordeste. Outra proposta é da construção de uma ponte sobre o Rio São Francisco, na rodovia MG 402, entre os municípios de Pintópolis e São Francisco, para facilitar a ligação entre Brasilia e o Norte de Minas.

Ao lançar o plano da Fiemg, o presidente da entidade, Olavo Machado Júnior, destacou a necessidade de reativação do escritório da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) em Minas Gerais.  “Aqui  reunimos todas as condições necessárias para que os incentivos da Sudene possam ser mais bem aproveitados por todo o Norte de Minas, pelos Vales do Jequitinhonha e do Mucuri e por alguns municípios do Alto Paranaíba”, afirmou.

A bandeira é encampada por toda a indústria mineira, de acordo com Machado Júnior, e possibilitará que entraves burocráticos sejam eliminados, ampliando o acesso de empreendedores e investidores aos incentivos fiscais do órgão federal. A área mineira da Sudene conta com  168 municípios que, hoje, são responsáveis por somente 4% das contratações de recursos do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste, o FNE – o chamado “dinheiro mais barato do Brasil.”

LAVA-JATO A continuidade das investigações dos desvios de grandes cifras de recursos públicos pela Operação Lava-Jato foi defendida ontem pelo presidente da Fiemg. No entanto, ele ponderou que o trabalho dos federais não pode travar o desenvolvimento do país. Segundo ele, “apesar da Lava-Jato”, as pessoas não podem parar de trabalhar. Olavo Machado chegou a falar que “estamos em um país que, as vezes, transformam delatores em heróis”  e que “os culpados devem pagar pelas suas culpas, mas o desenvolvimento tem que continuar”.

Por outro lado,  Machado ressaltou que o crescimento econômico não pode sofrer nenhum tipo de interrupçao.  “Não podemos por conta disso (revelações da Laja-Jato), nos dar ao luxo de parar para caçar culpados e fazer com todos sofram muito mais do que o necessário. Temos que ter competência para para fazer o desenvolvimento e temos também que lembrar que daqueles que nos levaram a uma situação tao difícil – eles  também vão pagar pelas suas culpas dentro do que a Justiça determinar”, disse.


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