Agentes penitenciários de todo o país devem cruzar os braços na próxima sexta-feira (19) e no sábado (20), em ato de repúdio à Reforma da Previdência, em tramitação na Câmara dos Deputados. O movimento organizado pela Federação Nacional Sindical dos Servidores Penitenciários (Fenaspen) pretende, segundo organizadores, chamar a atenção da sociedade para o descaso do governo federal com os profissionais.
A retirada dos trabalhadores do sistema prisional da regra de idade mínima para aposentadoria, de 55 anos, deixando apenas as Polícias Civil, Militar e Legislativa, além dos Bombeiros Militares, foi o estopim para a porposta de paralisação no fim desta semana. O projeto prevê, atualmente, que os agentes tenham direito à aposentadoria com 25 anos de contribuição. A idade mínima, no entanto, seria de 62 para as mulheres e 65 para os homens.
Há 23 anos no cargo de agente penitênciário, o vice-presidente da Fenaspen e diretor do sindicato estadual (Sindasp) - Adeilton de Souza Rocha, de 44 anos, ressalta que este primeiro movimento busca chegar em um acordo com o governo federal, mas caso os parâmetros atuais permanecam, os profissionais podem deflagrar greve com prazo indeterminado. "O movimento é nacional pra chamar a atenção da sociedade e protestar junto ao governo. Vamos fazer uma paralisação sim e, se não resolver, entraremos em greve e eles que mandem os policiais militares ou contratem seguranças para guardarem os presídios", relatou.
De acordo com Adeilton, o trabalho dos agentes penitênciários é uma continuidade das ações das polícias Civil e Militar, que merece mais respeito das autoridades. "A gente dá seguimento ao trabalho feito pelos policiais, zelando pela segurança nos presídios por mais díficil que seja. A desvalorização da nossa categoria só gera prejuízos à população, pois se entramos em greve, a PM terá de ir aos presídios e aí as ruas irão ficar sem segurança".
Outra crítica da Fenaspen à proposta de reforma da Previdência é a permanência da Polícia Legislativa nas regras de idade mínima e exclusão dos profissionais do sistema prisional. "Nossa profissão, segundo a Organização Internaciol do Trabalho, é a segunda mais perigosa. Nem polícia corre tanto risco como a gente. Então nós não queremos privilégio em relação às polícias, nós queremos respeito, porque como muitos dizem, quem trabalho no 'inferno' e no 'calabolso', com chefes de criminalidade de todo o país, somos nós, e nenhum trabalhador do sistema prisional consegue permanecer no cargo por 49 anos sem sofrer danos á saúde," concluiu Adeilton.
O Ministério da Justiça foi procurado pela reportagem do em.com.br e afirmou, em nota, que a gestão dos presídios é feita pelas secretarias estaduais. Portanto, caberá às secretarias acompanhar a movimentação da greve e providenciar esquema de segurança para repor a ausência dos agentes.
* Sob supervisão da subeditora Jociane Morais
A retirada dos trabalhadores do sistema prisional da regra de idade mínima para aposentadoria, de 55 anos, deixando apenas as Polícias Civil, Militar e Legislativa, além dos Bombeiros Militares, foi o estopim para a porposta de paralisação no fim desta semana. O projeto prevê, atualmente, que os agentes tenham direito à aposentadoria com 25 anos de contribuição. A idade mínima, no entanto, seria de 62 para as mulheres e 65 para os homens.
Há 23 anos no cargo de agente penitênciário, o vice-presidente da Fenaspen e diretor do sindicato estadual (Sindasp) - Adeilton de Souza Rocha, de 44 anos, ressalta que este primeiro movimento busca chegar em um acordo com o governo federal, mas caso os parâmetros atuais permanecam, os profissionais podem deflagrar greve com prazo indeterminado. "O movimento é nacional pra chamar a atenção da sociedade e protestar junto ao governo. Vamos fazer uma paralisação sim e, se não resolver, entraremos em greve e eles que mandem os policiais militares ou contratem seguranças para guardarem os presídios", relatou.
De acordo com Adeilton, o trabalho dos agentes penitênciários é uma continuidade das ações das polícias Civil e Militar, que merece mais respeito das autoridades. "A gente dá seguimento ao trabalho feito pelos policiais, zelando pela segurança nos presídios por mais díficil que seja. A desvalorização da nossa categoria só gera prejuízos à população, pois se entramos em greve, a PM terá de ir aos presídios e aí as ruas irão ficar sem segurança".
Outra crítica da Fenaspen à proposta de reforma da Previdência é a permanência da Polícia Legislativa nas regras de idade mínima e exclusão dos profissionais do sistema prisional. "Nossa profissão, segundo a Organização Internaciol do Trabalho, é a segunda mais perigosa. Nem polícia corre tanto risco como a gente. Então nós não queremos privilégio em relação às polícias, nós queremos respeito, porque como muitos dizem, quem trabalho no 'inferno' e no 'calabolso', com chefes de criminalidade de todo o país, somos nós, e nenhum trabalhador do sistema prisional consegue permanecer no cargo por 49 anos sem sofrer danos á saúde," concluiu Adeilton.
O Ministério da Justiça foi procurado pela reportagem do em.com.br e afirmou, em nota, que a gestão dos presídios é feita pelas secretarias estaduais. Portanto, caberá às secretarias acompanhar a movimentação da greve e providenciar esquema de segurança para repor a ausência dos agentes.
* Sob supervisão da subeditora Jociane Morais