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Estado de Minas EMPRESA DE COSMÉTICOS

Receita deflagra operação em Minas para investigar sonegadores de impostos

Receita Estadual e a Polícia Civil cumprem mandados em BH e Uberlândia, no Triângulo mineiro, para investigar empresa de cosméticos


postado em 13/06/2017 08:47 / atualizado em 13/06/2017 11:11

Receita Estadual dentro de uma das empresas investigadas, em BH, na Operação Beleza Impura(foto: Paulo Filgueiras/EM/D.A Press)
Receita Estadual dentro de uma das empresas investigadas, em BH, na Operação Beleza Impura (foto: Paulo Filgueiras/EM/D.A Press)

A Receita Estadual deflagrou, na manhã desta terça-feira, a Operação Beleza Impura para investigar a participação de uma distribuidora de cosméticos e produtos de higiene em um esquema de sonegação de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).

A Polícia Civil e a Receita Estadual cumprem em Belo Horizonte e  em Uberlândia, no Triângulo mineiro, seis mandados de busca e apreensão, e outros três de condução coercitiva.

Em Belo Horizonte, policiais e  fiscais  foram a uma empresa no Mercado Novo, no Centro da capital, com nome União embalagens e higiene pessoal,  que estava fechada.

Dentro da empresa, os fiscais recolheram documentos e copiaram arquivos de computador. Nenhum funcionário apareceu. Também dentro da empresa, estão armazenados diversos pacotes de fraldas descartáveis.

Condução coercitiva

Um dos alvos da condução coercitiva é um contador suspeito de abrir empresas de fachada, que eram usadas para simular compras de outros estabelecimentos,  também de fachada,  com valores subfaturados para reduzir impostos.

O contador, cujo nome não foi revelado, não foi localizado ainda.

De acordo coma Receita Estadual, algumas dessas empresas já foram autuadas pela Receita e acumulam dívidas com o fisco de cerca de 24 milhões.

Desempregada

Flávia Oliveira da Silva foi conduzida coercitivamente para depor(foto: Paulo Filgueiras/EM/D.A Press)
Flávia Oliveira da Silva foi conduzida coercitivamente para depor (foto: Paulo Filgueiras/EM/D.A Press)

Flávia Oliveira da Silva, 40 anos, foi levada coercitivamente, na manhã desta terça-feira, para depor no Ministério Público estadual (MPE). De acordo com a Receita,  uma empresa de Goiânia, Goiás, revendedora de comésticos, é investigada por participar do esquema do esquema e está registrada em nome de Flávia.

Flávia negou ser a proprietária da empresa com sede em Goiânia. Ela disse que nunca trabalhou com revenda de cosméticos.  Para Flávia, seu nome foi usado de maneira ilegal pelos sonegadores.

Flávia mora em Belo Horizonte e contou que está desempregada. Segundo ela, há dois anos seus documentos foram perdidos no centro da capital.  Ela acredita que eles possam ter sido usados na abertura da empresa.

Faxineira

Leiriane Scarabelle também foi levada para depor coircitivamente(foto: Paulo Filgueiras/EM/D.A Press)
Leiriane Scarabelle também foi levada para depor coircitivamente (foto: Paulo Filgueiras/EM/D.A Press)

Também foi conduzida coercitivamente para prestar depoimento a faxineira Leiriane Escarabelli. Ela é apontada como proprietária de uma empresa usada no esquema de sonegação.

Leiriane também nega envolvimento com as fraudes fiscais e diz desconhecer a existência de empresas em seu nome.

Uberlândia

De acordo coma Receita Estadual, uma das empresas alvo é a Mix Distribuidora, com sede em Uberlândia, que se intitula distribuidora exclusiva da Vult, uma conhecida marca de naquiagem.

O chefe da fiscalização da Receita Estadual,  Carlos Damasceno, disse que inicialmente a Vult Cosméticos,  com sede no interior de São Paulo, não é investigada.

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