Rio, 20 - O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) desembolsou R$ 6,951 bilhões para a linha Finame, voltada para o financiamento de investimentos em bens de capital, no acumulado de janeiro a maio, queda nominal (sem considerar a inflação) de 6% em relação a igual período de 2016. A queda é menor do que a registrada no primeiro trimestre, quando os valores liberados para a Finame ficaram 11% abaixo de 2016, também em termos nominais.
Em nota, o BNDES informou que houve alta nominal de 42% nas aprovações da Finame nos primeiros cinco meses de 2017, frente a igual período de 2016. "O maior destaque, em termos de valor aprovado da Finame, são os Programas Agrícolas do Governo Federal - dentre eles o Moderfrota. Excluindo-se das aprovações da Finame a parcela referente ao segmento agrícola, bem como ônibus e caminhões, chega-se a uma taxa de crescimento de 168%, entre janeiro e maio de 2017", diz o texto divulgado pelo BNDES nesta terça-feira, 20.
A nota do BNDES destacou ainda o avanço nos desembolsos do Progeren, linha de crédito para capital de giro, que foi reativada, com injeção de recursos, no início deste ano. Segundo o banco de fomento, a linha liberou R$ 2,7 bilhões nos primeiros cinco meses do ano, crescimento nominal de 365% em relação a igual período de 2016. Nos últimos 12 meses, os desembolsos do Progeren somam R$ 4,8 bilhões, 172% acima do registrado no período imediatamente anterior.
No total, porém, o BNDES viu os desembolsos encolherem 13% em termos nominais e 17%, quando considerada a inflação. O maior tombo foi visto nos projetos da indústria, que desembolsaram R$ 5,823 bilhões de janeiro a maio, queda nominal de 34% ante igual período de 2016.
Já os projetos de infraestrutura receberam 1% menos do que nos cinco primeiros meses de 2016, ainda sem considerar a inflação, somando R$ 10,265 bilhões. O setor de comércio e serviços recebeu R$ 6,153 bilhões em empréstimos, 14% menos.
O melhor desempenho ficou com a agropecuária. Os projetos do setor desembolsaram R$ 5,497 bilhões de janeiro a maio. Em termos nominais, o valor ficou estável na comparação com os cinco primeiros meses de 2016.
(Vinicius Neder)