Rio, 26 - Diferentemente da edição 2008/2009, a Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) 2017/2018 deixará de fora os dados antropométricos, que medem peso e altura da população, informou nesta segunda-feira, 26, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Essas informações passarão a ser coletadas na futura Pesquisa Nacional de Demografia e Saúde (PNDS).
"Nas edições anteriores da pesquisa, essas informações demonstraram a redução do déficit de peso e o aumento da obesidade na população brasileira", diz a nota distribuída pelo IBGE.
O IBGE inicia nesta segunda a POF 2017/2018. Pesquisadores do IBGE ainda devem trazer à imprensa os detalhes da nova edição da pesquisa.
A confirmação da realização da pesquisa foi adiantada pelo ex-presidente do IBGE Paulo Rabello de Castro. Em entrevista coletiva em seus últimos dias no cargo, quando já tinha sido indicado para presidir o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Rabello de Castro informou que a POF iria a campo a partir desta semana.
A POF é a mais detalhada "investigação sobre os padrões de renda e consumo das famílias brasileiras", diz o IBGE. Conforme o instituto, para elaborar a pesquisa, serão visitados cerca de 75 mil domicílios em cerca de 1.900 municípios, durante 12 meses. O objetivo é atualizar os itens de consumo e a estrutura de ponderação do IPCA, o índice oficial de inflação do país.
Atualmente, a POF mostra que o peso do grupo de despesa Alimentação e Bebidas chega a 25% no orçamento familiar, em média. Já as despesas com transportes absorvem 18% do orçamento das famílias, em média.
Em diferentes formatos, a POF vem sendo realizada pelo IBGE desde os anos 1970 e detectou as principais alterações nos hábitos de consumo dos brasileiros, como a importância cada vez maior das refeições fora de casa e, mais recentemente, o crescimento do consumo digital, relacionado à popularização da telefonia celular e da internet.
(Vinicius Neder)