As contas de água e luz vão pesar no orçamento dos mineiros a partir deste mês. Os usuários dos serviços de abastecimento de água e esgotamento sanitário administrados pela Copasa terão as tarifas reajustadas em 8,69%, em média, a partir do próximo 30. Já as tarifas de energia terão bandeira amarela, segundo anunciou ontem a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Isso significa uma cobrança adicional este mês de R$ 2 a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos.
O aumento nas contas da Copasa foi publicado ontem no Minas Gerais, o diário oficial do estado. De acordo com o decreto, autorizado pela Agência Reguladora de Serviços de Abastecimento de Água de Esgotamento Sanitário de Minas Gerais (Arsae-MG), as novas tarifas visam permitir que o serviço seja prestado de forma equilibrada e com qualidade. A taxa mínima para clientes residenciais subirá dos atuais R$ 26,89 para R$ 29,43.“A revisão tarifária é o instrumento regulatório adequado para se definir o nível de receita necessário para proporcionar o equilíbrio econômico-financeiro ao prestador regulado”, afirma a resolução. No ano passado, as contas de água e esgoto tiveram aumento de 13,9% a partir de 13 de maio.
Ainda de acordo com o texto, as tarifas de esgoto também serão afetadas pelo aumento. Outro ponto trazido na resolução trata da manutenção dos critérios aplicados aos usuários das tarifas sociais, que, entre outros critérios, devem pertencer a uma família inscrita no Cadastro Único para Programas Sociais e ter renda per capita mensal familiar menor ou igual a meio salário mínimo.
No caso das contas de luz, o sistema de bandeiras é atualizado mensalmente pela Aneel, que avalia a situação dos reservatórios em todo o país para tomar uma decisão, além do volume de chuvas. De acordo com o órgão regulador, houve aumento dos gastos de geração de energia previstos para julho.
O custo da usina termelétrica mais cara a ser acionada no mês que vem será de R$ 237,71 por megawatt-hora (MWh). A bandeira amarela é acionada quando a energia fica acima de R$ 211,28 por MWh e abaixo do teto do preço da energia no mercado à vista (PLD), de R$ 422,56 por MWh.
Em junho, vigorou a bandeira verde, que não traz custo adicional para o consumidor. Em maio e abril, vigorou a bandeira vermelha em seu primeiro patamar, o que adicionava uma taxa de R$ 3 a cada 100kWh consumidos. Em março, também foi acionada a bandeira amarela e, em janeiro e fevereiro, vigorou a verde.
O sistema de bandeiras conta ainda com o segundo patamar de bandeira vermelha, que adiciona R$ 3,50 a cada 100kWh consumidos. Ela é acionada quando o custo das termelétricas supera o valor de R$ 610 por MWh.
ÔNIBUS A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) autorizou reajuste de 1,447% no coeficiente tarifário do serviço de transporte rodoviário coletivo interestadual e internacional de passageiros, com vigência a partir de hoje. O aumento não se aplica ao transporte rodoviário semiurbano de passageiros. Os novos coeficientes tarifários máximos a serem aplicados aos diferentes tipos de ônibus (convencionais ou leitos, por exemplo) estão descritos na decisão publicada no Diário Oficial da União (DOU) de ontem.
Gasolina e diesel mais baratos
A Petrobras anunciou no início da noite de ontem que decidiu reduzir o preço médio nas refinarias em 5,9% para a gasolina e 4,8% para o diesel. Os novos valores começaram a ser aplicados à 0h de hoje. Segundo a estatal, se o ajuste for repassado integralmente aos consumidores e não houver alterações nas demais parcelas que compõem o preço ao consumidor final, o diesel poderá cair 2,7%, ou cerca de R$ 0,08 por litro, em média, e a gasolina, 2,4% ou R$ 0,09 por litro, em média. Pela manhã, a Petrobras informou que sua diretoria executiva aprovou a nova política de preços de diesel e gasolina vendidos em suas refinarias, que passarão a ter revisões mais frequentes podendo ser até mesmo diárias. O novo método passa a valer a partir de segunda-feira.