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Estado de Minas

Embaixada da Grã-Bretanha vai ampliar parceria com Minas

Nos próximos quatro anos , os investimentos vão priorizar áreas como tecnologia, inovação, mineração e agronegócio


postado em 04/07/2017 06:00 / atualizado em 04/07/2017 07:44

Vijay Rangarajan, embaixador da Grã-Bretanha e Irlanda do Norte no Brasil:
Vijay Rangarajan, embaixador da Grã-Bretanha e Irlanda do Norte no Brasil: "Além de um impressionante nível de excelência para a inovação (em Minas), há uma percepção de que estão saturados os mercados de São Paulo e do Rio de Janeiro" (foto: Jair Amaral/EM/D.A Press)
Minas Gerais está entre as prioridades de investimento e de parceria da embaixada britânica no Brasil, que, nos próximos quatro anos, vai ampliar a sua presença em projetos de desenvolvimento de tecnologia, de geração de energia solar, biocombustíveis, no campo da ciência e inovação, além da mineração e do agronegócio. “Como resultado, haverá crescimento das nossas economias e do emprego”, afirma Vijay Rangarajan, embaixador da Grã-Bretanha e Irlanda do Norte no Brasil, para quem há uma “sólida” relação comercial entre Minas e o Reino Unido.


Para além da mineração – Anglo American e ERM são duas britânicas em atuação no estado – são empresas do Reino Unido instaladas em Minas a BT (comunicação), a BP (biocombustíveis), a G4S (limpeza e conservação), a JLT (seguros e resseguros) e a CDE (equipamentos para mineração e outros). Por outro lado, atuam no Reino Unido, a mineiras Ioasys, SalaryFits, Toys Talk e Magnesita.


O investimento da Grã-Bretanha no setor produtivo brasileiro foi de US$ 378 milhões nos primeiros quatro meses deste ano. Em 2016, o Brasil exportou para o mercado britânico cerca de US$ 2,8 bilhões em produtos e importou US$ 2,3 bilhões, com superávit de US$ 540 milhões. Os principais produtos brasileiros foram ouro, minério de ferro, café, soja e carnes. Por seu turno, do Reino Unido entraram no país principalmente medicamentos para medicina humana e veterinária, automóveis, gasolina e compostos heterocíclicos.


O relacionamento entre Minas e Grã-Bretanha se intensificou nos esportes e na educação, desde que a equipe olímpica e paralímipica daquele reino utilizou, em 2016, as instalações do Centro de Treinamento Esportivo (CTE) da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), classificadas como “espetaculares” pelo treinador da equipe, Paul Ford. Com o Minas Tênis Clube, a delegação da Grã-Bretanha firmou igualmente parceria, intercâmbio que segue, com a vinda de atletas e judocas e foi celebrado no domingo passado com o evento “Reino Unido na Praça”, realizado na Praça da Assembleia.


Com o suporte do consulado britânico em Minas, dentro do programa Prosperity Fund, há em curso quatro novos projetos de pequeno porte implementados no último ano, em áreas como parcerias público privadas, educação, cidades inteligentes e saneamento. No campo da ciência e inovação, as oportunidades de investimento são diversas, afirma o embaixador. “Minas tem sido um destino importante para 10 universidades britânicas que estão associadas em parcerias com universidades locais, a Fapemig e grandes empresas. Além de um impressionante nível de excelência para a inovação, há uma percepção de que estão saturados os mercados de São Paulo e do Rio de Janeiro”, afirma Vijay Rangarajan, que está há quatro dias na capital mineira, numa série de encontros comerciais, culturais e educacionais, e visitou o Estado de Minas.


Esses projetos têm evoluído para uma intensificação no intercâmbio de estudantes. “Só no ano passado enviamos mais de 80 brasileiros para fazer mestrado no Reino Unido, por meio de nosso programa de bolsas Chevening”, assinala o embaixador. No ano passado, foram apresentadas 215 aplicações de mineiros, interessados em concorrer à bolsa, terceira maior participação no país. A bolsa de estudo Chevening é oferecida há mais de 30 anos no Brasil.

BREXIT A decisão do Reino Unido, por meio de referendo, de deixar a União Europeia em nada afetará a presença dos cerca de 300 mil brasileiros que vivem e trabalham na Grã-Bretanha. “Os brasileiros precisam de visto especial para atuar no mercado de trabalho, coisa que não é exigida dos europeus. Então, para brasileiros, australianos, sul-africanos e todo os outros países, não haverá qualquer mudança. No turismo, tem crescido o interesse do país.


Segundo dados da Embaixada Britânica, entre 2013 e 2015 houve um crescimento de 25% do número de brasileiros em visita ao Reino Unido, alcançando quase 300 mil visitantes. “Além disso, acabamos de anunciar que visitantes brasileiros que viajam com frequência ao nosso país podem agora se inscrever no Registered Traveller Service, o que permite o acesso a filas mais rápidas na hora da imigração. A inclusão do Brasil nesta lista demonstra como estamos de portas abertas para o país”, afirma o embaixador.


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