Quem quiser economizar e abastecer o tanque de combustível sem o reajuste no preço precisa ter muita paciência. Motoristas fazem filas em postos que ainda não fizeram a mudança. Na BR-381, na altura do Bairro Riacho das Pedras, são mais de quinze carros a espera de atendimento em cada bomba. O tempo de espera ultrapassa uma hora até o atendimento.
Com a decisão do governo de aumentar o PIS/Cofins sobre os combustíveis para melhorar a arrecadação, o litro da gasolina vai ficar até R$ 0,41 mais caro nas bombas a partir de hoje, caso haja repasse integral ao consumidor. Poucas horas depois de publicado o decreto que aumentou os impostos dos combustíveis, alguns postos de Belo Horizonte reajustaram na manhã desta sexta-feira (21) os valores cobrados nas bombas.
A medida despertou a ira de entidades empresariais como a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e a Confederação Nacional da Indústria (CNI), que já reclamavam da elevada carga tributária no país. Já a Frente Nacional de Prefeitos (FNP) reclamou do egoísmo do governo federal ao elevar um tributo que não é compartilhado com os municípios. Para a gasolina, a alíquota mais que dobrou. Só de PIS/Cofins, o desembolso será de R$ 0,7925 por litro após a alta.
O decreto com o aumento do tributo será publicado hoje no Diário Oficial da União (DOU) e tem vigência imediata. No caso do diesel, a alíquota subirá de R$ 0,2480 para R$ 0,4615 o litro nas refinarias, que podem repassar o valor integral ao consumidor. O etanol não escapou dos reajustes, embora representantes do setor tenham intensificado reclamações sobre a falta de competitividade do combustível diante do baixo preço da gasolina.