O aumento nas contas de luz foi anunciado ontem pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). A bandeira vermelha vai ser acionada em agosto, o que significa uma cobrança adicional de R$ 3 a cada 100kWh consumidos. E a culpa disso é basicamente a seca que assola diversas regiões do país. O sistema de bandeiras é atualizado mensalmente pelo órgão regulador, que avalia o preço da energia, o volume de chuvas e a situação dos reservatórios das hidrelétricas em todo o país para tomar uma decisão.
De acordo com a Aneel, houve necessidade de aumento dos gastos de geração de energia previstos para agosto. O custo da usina termelétrica mais cara a ser acionada no mês que vem será de R$ 513,51 por megawatt-hora (MWh) – a usina termelétrica Bahia 1.
O primeiro patamar da bandeira vermelha é acionado quando a energia fica acima de R$ 422,56 por Mwh. “Como o sinal para o consumo é vermelho, os consumidores devem intensificar o uso eficiente de energia elétrica e combater os desperdícios”, alerta a Aneel.
Quando o valor supera R$ 610 por MWh, é acionado o segundo patamar da bandeira vermelha, que adiciona R$ 3,50 a cada 100 kWh consumidos. Este mês, vigorou a bandeira amarela, que adiciona R$ 2 a cada 100kWh. Em junho, foi acionada a bandeira verde, que não traz custo adicional ao consumidor. Em maio e abril, vigorou a bandeira vermelha em seu primeiro patamar. Em março, a amarela, e , em janeiro e fevereiro, verde.
IMPACTO NAS BOMBAS
Pouco mais de uma semana de o governo anunciar o aumento do PIS e Cofins sobre os combustíveis, a Petrobras promove hoje novas alterações nos preços nas refinarias. A gasolina terá aumento de 1% e o diesel queda de 0,2%. A nova política de revisão de preços foi divulgada pela petroleira em 30 de junho. Com o novo modelo, a Petrobras espera acompanhar as condições do mercado e enfrentar a concorrência de importadores. Em vez de esperar um mês para ajustar seus preços, a Petrobras agora avalia todas as condições do mercado para se adaptar, o que pode acontecer diariamente. Além da concorrência, na decisão de revisão de preços, pesam as informações sobre o câmbio e as cotações internacionais.
NA CADEIA PRODUTIVA
A Petrobras também anunciou reajuste médio de 8% nos preços de venda às distribuidoras do GLP destinado aos usos industrial e comercial. Em nota, o Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Gás Liquefeito de Petróleo (Sindigás) considerou “preocupante” o aumento, que entrou em vigor ontem mesmo. “(O reajuste) afasta ainda mais o preço interno dos valores praticados no mercado internacional, impactando justamente setores que precisam reduzir custos”, diz o texto.
O Sindigás calcula que o valor do produto destinado a embalagens maiores que 13 quilos ficará 46% acima da paridade de importação. O sindicato declarou ainda que, segundo informações que as distribuidoras receberam da Petrobras, o aumento de preço será entre 7,8% e 8,4%, dependendo do polo de suprimento.
A companhia petrolífera esclareceu que os preços de GLP destinado ao uso residencial, comercializado pelas distribuidoras em botijões de até 13kg (conhecido como P13 ou gás de cozinha), não serão reajustados desta vez.
NA ESTRADA
Por fim, a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) autorizou o aumento de R$ 4,80 para R$ 5,30 da tarifa básica de pedágio da BR-040, trecho entre Brasília (DF) e Juiz de Fora (MG), explorado pela Concessionária Via 040. O reajuste, de 10,5% portanto, foi publicado na edição de ontem, do Diário Oficial da União e entra em vigor já no domingo. As 11 praças de pedágio do trecho rodoviário serão afetadas pelo aumento. Isso significa que, se um motorista sair da capital federal com destino ao Rio de Janeiro, por exemplo, pagará, somente até a cidade da Zona da Mata mineira, R$ 63,80, ou seja, R$ 11 a mais do que os R$ 52,80 que pagaria antes do aumento. (Com agências)