Depois de destacar a baixa arrecadação com impostos e contribuições federais, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, mudou o que até então vinha sendo o discurso da equipe econômica e confirmou que está “analisando” a meta fiscal de 2017, que é de um déficit fiscal de até R$ 139 bilhões. Como foi antecipado pelo Correio, o rombo nas contas públicas deve ficar entre R$ 150 bilhões e R$ 155 bilhões. Meirelles também declarou que, por enquanto, não há discussão interna, mas que o governo federal não descartou novos aumentos de impostos.
A declaração já era esperada pelos agentes econômicos. Até semana passada, o governo insistia na meta estabelecida. Nesta segunda (31/7), o chefe da pasta admitiu que estuda o assunto e que novos impostos não estão descartados. “A meta anunciada é de R$ 139 bilhões, mas estamos monitorando todos os fatores da economia, como evolução da arrecadação. Não há dúvida que houve uma queda muito grande neste ano”, reconheceu o ministro. Sobre a alta de tributos, Meirelles declarou que "caso for necessário" fará reajustes. "Não é uma solução preferencial, mas é de uma situação absolutamente necessária", completou.
A declaração foi dada depois de uma reunião que teve com o ministro de Finanças do Reino Unido, Philip Hammond. Os dois se encontraram para o segundo Diálogo Econômico-Financeiro Brasil-Reino Unido, o EFD, em inglês.