As manifestações dos caminhoneiros contra o aumento dos impostos sobre os combustíveis, determinado pelo presidente Michel Temer (PMDB) continua nas estradas mineiras. No início da tarde desta quarta-feira, o protesto fechou dois pontos da MG-10 em direção o Aeroporto Internacional Tancredo Neves, em Confins, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. O ato foi encerrado cerca de duas horas depois. Mesmo assim, o congestionamento se espalhou pela rodovia. Bloqueios ainda são realizados na BR-040, em Congonhas e Sete Lagoas, Região Central de Minas Gerais, e na BR-251, em Francisco Sá, na Região Norte do Estado.
O protesto na MG-10 começou por volta das 12h30 no km 16, em frente a Cidade Administrativa, no Bairro Serra Verde, em Venda Nova. “Em princípio, os manifestantes colocaram fogo em pneus e, depois de uma conversa, acabaram dispersando o movimento. Porém, pouco mais a frente, no km 19, outros caminhoneiros atearam fogo em outros materiais”, explicou a sargento Cíntia Mara de Oliveira, da Polícia Militar Rodoviária (PMRv).
De acordo com a sargento, os manifestantes chegaram a deixar uma faixa liberada em direção a Confins. Porém, longas filas de veículos se espalharam pela rodovia. O protesto foi encerrado pro volta das 14h. “Os dois grupos se reuniram e decidiram que irão fazer uma nova manifestação 16h30 em frente a Cidade Administrativa”, alertou Cíntia Mara.
As manifestações em Minas Gerais seguem desde segunda-feira. Porém, foi ampliado nas rodovias nesta terça-feira. Balanço da Polícia Rodoviária Federal (PRF) mostra que ainda estão interditados três pontos de BRs. Um deles é o km 466 da BR-040, em Sete Lagoas. A pista está totalmente interditada sentido sul. No sentido norte faixa da direita ocupada, faixa da esquerda liberada para automóveis e ônibus.
Outro bloqueio acontece em outro ponto da rodovia. Em Congonhas, no km 602, os manifestantes interditam os dois sentidos. Na BR-251, em Francisco Sá, também há registro de interdição.
Os protestos são contras os atos do Governo Federal, que decidiu aumentar tributos sobre combustíveis, com aumento da alíquota do Programa de Integração Social (PIS) e a Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins), para cumprir a meta fiscal. A alíquota passou de R$ 0,3816 para R$ 0,7925 para o litro da gasolina e de R$ 0,2480 para R$ 0,4615 para o diesel nas refinarias. Para o litro do etanol, a alíquota passou de R$ 0,12 para R$ 0,1309 para o produtor. Para o distribuidor, a alíquota, atualmente zerada, aumentou para R$ 0,1964.