O preço da gasolina subirá 1,6% e o diesel sofrerá corte de preços de 1,2% nas refinarias neste sábado, em consequência da nova política de revisão de preços da Petrobras. A mudança adotada pela empresa e anunciada em 30 de junho permitirá, segundo a petroleira, acompanhar as condições do mercado de combustíveis e enfrentar a concorrência de importadores. Em vez de esperar um mês para ajustar seus preços, a Petrobras agora avalia todas as condições do mercado para se adaptar, o que pode acontecer diariamente.
Além da concorrência, na decisão de revisão de preços, pesam as informações sobre o câmbio e as cotações internacionais. O presidente da Petrobras, Pedro Parente, disse que a política de preços da companhia está indo muito bem e aconselhou ao consumidor a pesquisar os valores que estão sendo cobrados nos postos de combustíveis para conseguir pagar menos. “Pesquisem os preços e realmente procurem os postos que tenham os menores preços”, disse.
No primeiro semestre do ano, a produção total de petróleo e gás natural chegou a 2,791 milhões de barris de óleo equivalente por dia (boed), 3% a mais que o mesmo período de 2016. Desse total, 2,671 milhões de barris foram no Brasil, o que significa 6% acima do registrado nos seis primeiros meses do ano anterior. Na área do pré-sal, o presidente comemorou a entrada em operação, em maio, da P-66, uma plataforma própria da Petrobras, na área de Lula Sul, no pré-sal da Bacia de Santos e destacou o recorde mensal de produção operada de petróleo e gás natural na camada pré-sal, que em junho chegou a 1,686 milhão de barris de óleo equivalente por dia.
O custo de produção chegou a US$ 7 (R$ 22,08) por barril. Segundo a diretora-executiva de Exploração e Produção da Petrobras, Solange Guedes, esse valor representava o dobro no início da produção há oito anos. “Estarmos com US$ 7 o barril é um feito”, disse. “Vencemos este desafio e tenho certeza que com tudo que aprendemos se torna ainda mais competitivo”.
Pedro Parente disse, ainda, que esse dado é fundamental para a concorrência no mercado. “Vai sobreviver quem tiver menor custo. Isso é uma realidade do pré-sal que é bastante relevante não apenas porque reflete um custo menor, mas porque reflete uma condição muito melhor de competitividade do nosso petróleo em relação a outros produtores”, disse.