Esqueça o estereótipo de mulheres seminuas anunciando marcas de cerveja. Elas agora produzem cervejaartesanal e são homenageadas nos rótulos de uma das bebidas mais consumidas no país.
Amanhã a Cervejaria Feminista, idealizada por um grupo de cinco amigas cervejeiras - Andreia Prestes, Maria Antônia Goulart, Maura Santiago, Clarissa Cogo e Elaine Barbosa - lança em Belo Horizonte uma garrafa em homenagem à Conceição Evaristo, 71 anos. Escritora e ensaísta, nascida em uma favela da capital mineira, Evaristo é hoje uma das maiores autoras da literatura brasileira contemporânea, além de referência no movimento negro.
Esse é o segundo rótulo da Cervejaria Feminista que, em janeiro, lançou sua primeira garrafa em homenagem a Maria Prestes, viúva de Luiz Carlos Prestes, de quem foi segurança durante os anos 50, período em que o líder comunista vivia na clandestinidade no Brasil. Esse primeiro rótulo foi um sucesso e vendeu 500 litros, conta a jornalista Clarissa Cogo.
Segundo ela, o grupo encontrou na produção de uma marca própria de cervejas artesanais uma forma de resistência ao machismo, muito ligado ao consumo e venda da bebida. Clarissa conta que a primeira leva da cerveja foi feita em uma panela na casa de uma delas. A ideia, segundo ela, era homenagear Maria Prestes, avó de uma das cervejeiras, Andreia Prestes.
“Foram feitos 80 litros, mas a procura foi tanta que tivemos que fazer mais. Daí veio a ideia de lançar a marca”. Ela conta que a cerveja nunca é lançada sem uma reflexão sobre o feminismo, a luta das mulheres por ampliação de direitos e os estereótipos ligados à bebida. O rótulo, além das informações tradicionais sobre a produção da cerveja, conta sempre um pouco da história das homenageadas.
A proposta da Cervejaria Feminista, que tem sede no Rio de Janeiro, de acordo com Clarissa, é homenagear mulheres que tenham uma trajetória de luta por igualdade e liberdade. “Caso da Conceição Evaristo”, destaca. As receitas são criadas conforme a história e gosto da homenageada. A cerveja em homenagem a Evaristo, forte e de trigo, foi feita para atender o gosto da escritora. “Fizemos várias degustações com ela antes de definir a receita”, explica Clarissa.
Como a procura pela cerveja cresceu e elas não têm condição de produzir grandes quantidades de maneira caseira, o grupo contrata cervejarias artesanais para produzir a bebida. “Mas tudo é feito sobre nossa supervisão e a receita também é nossa”, afirma Clarissa.
Por enquanto a cervejaria vende apenas caixas com seis garrafas de 600 ml. As unidades são comercializadas apenas em eventos. A intenção é ampliar aos poucos a produção.
O Lançamento do rótulo em homenagem à Conceição Evaristo será durante um debate amanhã com a ensaísta no evento “Sexta Valente”, que acontece no Restaurante do Ano, onde a autora vai falar sobre literatura e história. No sábado ela vai ser no Bar Köbes, a partir das 16, também em um bate-papo sobre literatura, história e feminismo. A entrada nos dois eventos é gratuita.
Restaurante do Ano: rua Levindo Lopes, 158 - Funcionários, Belo Horizonte, a partir das 20h30.
Köbes: rua Raimundo Nonato , 31A - Santa Tereza, Belo Horizonte, a partir das 16h
Amanhã a Cervejaria Feminista, idealizada por um grupo de cinco amigas cervejeiras - Andreia Prestes, Maria Antônia Goulart, Maura Santiago, Clarissa Cogo e Elaine Barbosa - lança em Belo Horizonte uma garrafa em homenagem à Conceição Evaristo, 71 anos. Escritora e ensaísta, nascida em uma favela da capital mineira, Evaristo é hoje uma das maiores autoras da literatura brasileira contemporânea, além de referência no movimento negro.
Esse é o segundo rótulo da Cervejaria Feminista que, em janeiro, lançou sua primeira garrafa em homenagem a Maria Prestes, viúva de Luiz Carlos Prestes, de quem foi segurança durante os anos 50, período em que o líder comunista vivia na clandestinidade no Brasil. Esse primeiro rótulo foi um sucesso e vendeu 500 litros, conta a jornalista Clarissa Cogo.
Segundo ela, o grupo encontrou na produção de uma marca própria de cervejas artesanais uma forma de resistência ao machismo, muito ligado ao consumo e venda da bebida. Clarissa conta que a primeira leva da cerveja foi feita em uma panela na casa de uma delas. A ideia, segundo ela, era homenagear Maria Prestes, avó de uma das cervejeiras, Andreia Prestes.
“Foram feitos 80 litros, mas a procura foi tanta que tivemos que fazer mais. Daí veio a ideia de lançar a marca”. Ela conta que a cerveja nunca é lançada sem uma reflexão sobre o feminismo, a luta das mulheres por ampliação de direitos e os estereótipos ligados à bebida. O rótulo, além das informações tradicionais sobre a produção da cerveja, conta sempre um pouco da história das homenageadas.
A proposta da Cervejaria Feminista, que tem sede no Rio de Janeiro, de acordo com Clarissa, é homenagear mulheres que tenham uma trajetória de luta por igualdade e liberdade. “Caso da Conceição Evaristo”, destaca. As receitas são criadas conforme a história e gosto da homenageada. A cerveja em homenagem a Evaristo, forte e de trigo, foi feita para atender o gosto da escritora. “Fizemos várias degustações com ela antes de definir a receita”, explica Clarissa.
Como a procura pela cerveja cresceu e elas não têm condição de produzir grandes quantidades de maneira caseira, o grupo contrata cervejarias artesanais para produzir a bebida. “Mas tudo é feito sobre nossa supervisão e a receita também é nossa”, afirma Clarissa.
Por enquanto a cervejaria vende apenas caixas com seis garrafas de 600 ml. As unidades são comercializadas apenas em eventos. A intenção é ampliar aos poucos a produção.
O Lançamento do rótulo em homenagem à Conceição Evaristo será durante um debate amanhã com a ensaísta no evento “Sexta Valente”, que acontece no Restaurante do Ano, onde a autora vai falar sobre literatura e história. No sábado ela vai ser no Bar Köbes, a partir das 16, também em um bate-papo sobre literatura, história e feminismo. A entrada nos dois eventos é gratuita.
Restaurante do Ano: rua Levindo Lopes, 158 - Funcionários, Belo Horizonte, a partir das 20h30.
Köbes: rua Raimundo Nonato , 31A - Santa Tereza, Belo Horizonte, a partir das 16h