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Estado de Minas

Perspectiva é de PIB global se fortalecer, diz IMFC-FMI


postado em 14/10/2017 19:19

Washington, 14/10/2017, 14 - O comunicado do 36º encontro do Comitê Financeiro e Monetário Internacional (IMFC, na sigla em inglês) do Fundo Monetário Internacional (FMI) destaca que continua a elevação da atividade da economia global, à medida que os países membros da instituição se esforçam para gerar crescimento maior, sustentável e com uma base mais ampla. Segundo o documento, "a perspectiva é de fortalecimento, com uma notável retomada do investimento, comércio e produção industrial, junto com alta da confiança".

Para o IMFC, contudo, a retomada da economia mundial não está completa, com a inflação abaixo da meta em muitos países avançados e o potencial de crescimento ainda fraco em várias outras nações. O comunicado aponta que "os riscos de curto prazo estão amplamente balanceados, mas não há espaço para complacência" porque riscos de médio prazo podem pressionar o PIB global para baixo e as tensões geopolíticas estão crescendo.

Segundo o Comitê, a bem vinda recuperação da economia global cria "uma janela de oportunidade para atacar desafios fundamentais de políticas" e reduzir riscos de queda da atividade mundial. Para isso, é necessário assegurar a adoção de mecanismos de proteção e maximizar retornos de reformas estruturais, a fim de elevar o potencial de crescimento.

O IMFC destacou que os países membros reforçaram o compromisso de alcançar um crescimento forte, sustentável e rico na geração de empregos. "Para este fim, nós empregaremos todos os instrumentos de políticas - monetária, fiscal e estrutural - de forma individual e coletiva."

Segundo o IMFC, fortes fundamentos econômicos, políticas robustas e sistema monetário internacional resiliente são essenciais para a estabilidade de taxas de câmbio, o que contribui para robusto e duradouro ciclo de crescimento e investimentos.

"Taxas de câmbio flexíveis, sempre que possível, podem servir de amortecedores de choques", ressaltou o comitê. "Reconhecemos que excessiva volatilidade ou movimentos desordenados de taxas de câmbio podem ter implicações adversas para a estabilidade econômica e financeira", apontou o IMFC. "Ficaremos afastados de desvalorizações competitivas e não empregaremos a taxa de câmbio para propósitos competitivos."

Para o IMFC, em muitos países a "política monetária deve continuar acomodatícia, enquanto a inflação ainda está abaixo da meta" e onde há hiato do produto. A administração da taxa básica de juros, contudo, deve ser acompanhada por outras medidas. "A política fiscal deve ser empregada de forma flexível e amigável ao crescimento", ao mesmo tempo em que fortalece resiliência, evita o caráter pró-cíclico e assegura que a dívida pública como proporção do PIB está em trajetória sustentável.

"Para fortalecer a produtividade e promover a inclusão, a política fiscal deve priorizar investimento de alta qualidade, apoiar reformas estruturais, incluindo mais eficiência em regimes tributários, e promover a participação no mercado de trabalho", ressaltou o Comitê Financeiro e Monetário Internacional do FMI.

O Comitê também salientou sua disposição de continuar a tornar mais forte a resistência do setor financeiro, incluindo o combate a problemas atuais em algumas economias avançadas e a vulnerabilidades em alguns países emergentes, bem como "monitorar potenciais riscos financeiros associados com as prolongadas taxas de juros baixas."

De acordo com o IMFC, para a proteção da estabilidade financeira são fundamentais a supervisão efetiva e medidas macroprudencias. "Enfatizamos a importância de implementação consistente e completa da agenda de reforma financeira já acordada, bem como concluir assim que possível os elementos remanescentes de arcabouço regulatório."

Os países membros do Comitê assumiram ainda o compromisso de implementar medidas domésticas para desenvolver as habilidades técnicas de trabalhadores e fortalecer a inclusão, para que "os ganhos de progresso tecnológico e integração econômica sejam amplamente compartilhados. "Fortaleceremos a governança para aumentar a credibilidade de instituições e elevar o apoio a reformas necessárias para elevar crescimento e (promover) o ajuste a um rápido ambiente de mudanças."

(Ricardo Leopoldo, correspondente e enviado especial - Ricardo.leopoldo@estadao.com)


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