Supreendidos pela portaria do governo federal, integrantes da Associação dos Moradores do São Luiz e São José (ProCivitas) estudam mecanismos judiciais para revogar o texto. De acordo com Carlos Conrado, membro do grupo, a decisão é “indecente e imoral”.
“O aeroporto não poderia ser liberado nas condições atuais. Estão trocando o computador por uma máquina de escrever”, afirmou Conrado, que é piloto especialista em segurança de voos.
O grupo tem um trabalho atuante contra a volta dos voos de grande porte para a Pampulha, e em fevereiro do ano passado encaminhou um documento ao Ministério Público Estadual pedindo uma intervenção da Promotoria do Meio Ambiente. No entanto, segundo Carlos Conrado, nada foi feito ainda.
Segundo ele, a estrutura do Aeroporto da Pampulha não deixa dúvidas da inviabilidade da operação dos voos de grande porte: o local é sujeito a alagamentos, o pátio é restrito, há uma pista úndica e a estação de passageiros é pequena.
“Além disso o trânsito na região é caótico e só vai piorar se movimentarem o aeroporto”, argumentou, completando ainda sobre a poluição sonora e risco de acidentes em uma área predominantemente residencial.
Atualmente, operam no aeroporto apenas voos com aviões de pequeno porte, trajetos em sua maioria regionais. Em agosto do ano passado, foi implementado o Projeto de Integração Aérea Regional (Pirma), com voos que ligam 17 municípios mineiros a Belo Horizonte, por meio de aeronaves de pequeno porte.
O projeto foi lançado pela Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (Codemig) e pela Secretaria de Estado de Transportes e Obras Públicas (Setop), para aumentar o movimento do terminal.