Após dois meses consecutivos de expansão da atividade industrial mineira, em outubro, houve piora e recuo frente a setembro, o que demonstra que a recuperação ainda não está consolidada. É o que aponta a Sondagem Industrial de Minas Gerais, levantamento realizado entre os dias 2 e 17 deste mês, junto a empresas mineiras de grande, médio e pequeno porte pela Assessoria Econômica da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg) em conjunto com a Confederação Nacional da Indústrias (CNI). A pesquisa é mensal.
Para os próximos seis meses, os empresários mineiros não apresentam expectativas positivas de contratações e de incremento nas exportações. Apesar disso, seguem otimistas em relação ao aumento da demanda (53,6 pontos) e das compras de matéria-prima (51,5 pontos), com indicadores acima dos 50 pontos.
Em se tratando de expectativa de investimento, o índice atingiu 51,0 pontos em outubro, acumulando crescimento de 6,9 pontos em 2017. Na análise segmentada, os empresários das grandes indústrias revelam maior intenção de investir nos próximos seis meses, com índice de 64,4 pontos.
O crescimento moderado da propensão a investir das grandes indústrias não vem sendo acompanhado pelas pequenas (40,8 pontos) e médias (38,2 pontos).
A atividade industrial é avaliada por meio de indicadores como produção, emprego, estoques e utilização da capacidade instalada usual, além da situação financeira das empresas, que variam numa escala de 0 a 100, de tal forma que valores acima de 50 indicam aumento e abaixo queda ou redução da atividade industrial.
O índice de evolução da produção marcou 45,5 pontos em setembro, apontando queda da atividade produtiva. Ao longo do ano, o indicador tem apresentado volatilidade nos dados mensais.
Não apenas o índice de evolução da produção recuou, voltando a ficar abaixo dos 50 pontos – linha divisória entre queda e crescimento.
O índice que avalia o nível de emprego apontou continuidade do processo de demissões: o indicador de evolução do emprego registrou 46,1 pontos em setembro, sinalizando queda no número de empregados na indústria mineira.
No acumulado do ano, contudo, o índice, apresenta crescimento de 1,2 ponto entre janeiro e setembro, mostrando que o ritmo de demissões vem perdendo intensidade.
Embora tenha crescido 4,1 pontos na comparação com o mesmo mês de setembro de 2016 e ficado próximo da sua média histórica de 40,4 pontos, o índice de utilização da capacidade instalada efetiva da indústria mineira em relação ao usual registrou 39,8 pontos em setembro, distanciando-se da linha divisória dos 50 pontos – valor que separa a utilização da capacidade acima e abaixo do usual.