São Paulo, 21 - O presidente da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec), Antonio Camardelli, disse esperar que seja revertida rapidamente a suspensão, pela Rússia, das compras de carne bovina brasileira. Ele afirmou que a produção de carne bovina está livre da racptopamina. "A última notificação que recebemos sobre a substância foi em 2013", afirmou ao Broadcast Agro, serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado.
De acordo com Camardelli, a substância - apontada pela Rússia como um dos motivos para o embargo - não é usada no Brasil na produção de carne bovina, diferentemente do que acontece na suinocultura. Por isso, acredita que o imbróglio seja rapidamente resolvido. "Mesmo não sendo utilizada na bovinocultura efetuamos análises regularmente para detectar a presença da substância", afirmou.
Camardelli acredita que, mesmo se o embargo for mantido, o efeito para as exportações de carne bovina deve ser pequeno, já que, segundo ele, tradicionalmente nesta época do ano os russos reduzem as importações devido ao congelamento dos portos locais.
De acordo com ele, os embarques para o país em novembro devem manter ao ritmo do ano. "Até o dia 12, embarcamos 6 mil toneladas ", afirmou.
Em 2017, o Brasil embarcou, por mês, uma média de 12 mil toneladas de carne bovina in natura para os russos.
(Camila Turtelli)