São Paulo, 22 - A Black Friday deste ano, marcada para amanhã, 24, deve registrar um aumento do número de queixas e consultas dos consumidores, segundo a Fundação Procon de São Paulo. O motivo é o maior número de empresas participantes e dos mais variados setores: da loja tradicional a prestadores de serviços, como bancos, imobiliárias, por exemplo. Essa também será a primeira Black Friday após a recessão, o que, em tese, amplia o apetite do consumidor pelas compras.
Esperamos que maquiagem de preço tenha uma participação ínfima neste ano", diz Stroebel. Segundo ele, as lojas e os prestadores de serviços sabem que essa prática é muito mal vista. "E todo mundo está de olho: o Procon está monitorando os principais sites nos últimos 60 dias." Além disso, ele observa que, a disseminação muito rápida de informação pelas redes sociais dificulta o falso desconto.
Recomendações
A principal recomendação do supervisor de Fiscalização do Procon-SP ao consumidor para que ele não seja enganado com promoções falsas é pesquisar com antecedência o preço do produto ou serviço desejado.
"Pesquisa é essencial", diz Stroebel. Na sua avaliação, as lojas querem que a compra ocorra por impulso. "Se o consumidor sabe qual o preço do produto que pretende adquirir, ele faz um melhor negócio", diz. Outro ponto importante é documentar a pesquisa, imprimindo a página do site onde consta o preço do produto. Com isso, há provas para questionar a veracidade da oferta.
O supervisor de fiscalização do Procon-SP lembra também que é importante observa o custo do frete. Em eventos passados, houve problemas de mercadorias cujo preço pelo serviço da entrega era desproporcional em relação ao valor do produto. Pesquisar a reputação das lojas também é recomendável. No site do Procon-SP, existe uma lista com 519 sites não recomendados. Parte deles ainda está no ar, alerta Stroebel.
Um aspecto que pode gerar queixas neste ano é o grande número de lojas hospedadas dentro de outras lojas (market place). Nestes casos, se houver algum problema, a responsabilidade é dividida entre a loja que vende o produto e a dona do market place. "No market place a responsabilidade da venda é solidária", diz o supervisor.