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Estado de Minas

Ministros projetam PIB acima de 2,5% de 2018

Em tom otimista, Henrique Meirelles e Dyogo Oliveira falam em crescimento maior da economia brasileira no ano que vem


postado em 08/12/2017 06:00 / atualizado em 08/12/2017 07:51

Brasília e Manaus – Os ministros da Fazenda, Henrique Meirelles, e do Planejamento, Dyogo Oliveira chegam ao fim do ano otimististas com o crescimento da economia no próximo anos. Meirelles disse nessa segunda-feira que o ministério está revendo para cima as previsões do crescimento. da economia. Segundo ele, o Produto Interno Bruto (PIB) deve crescer mais do que os 2,5% previstos atualmente para os próximos 12 meses.

Recentemente, ele projetou aumento de 3% do PIB no ano que vem. “Saímos da recessão mais longa e mais profunda de nossa história”, disse. “A ideia é crescer mais ainda em 2019 e 2020”, acrescentou em palestra sobre desafios da economia na Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (Fieam).

Já o ministro do Planejamento avaliou que já se percebe entre os empresários até uma certa euforia com a economia brasileira. Em café de fim de ano com os jornalistas, ele afirmou que, após um ano bastante difícil, o 2017 termina com uma sinalização de recuperação muito forte da atividade econômica.

Previu crescimento do PIB de 2,5% ou “até mais” em 2018, mas advertiu que esse ritmo está aquém do potencial da economia brasileira. Para ele, o Brasil está entrando num ciclo econômico de crescimento saudável de oito a 12 anos. Ele advertiu que a continuidade desse processo dependerá da aprovação dasreforma da Previdência.

 Segundo Dyogo, o crescimento em 2018 será equilibrado, ocorrendo em vários setores. “Não haverá um único setor puxando a economia”, previu. “Tivemos um ano em que a política econômica produziu efeitos muito importantes, depois de uma recessão profunda”, disse. Ele destacou que esse cenário não aconteceu por acaso, mas é fruto de um conjunto de medidas adotadas pelo governo nos últimos 18 meses. Na sua avaliação, esse quadro se reflete em indicadores concretos e expectativas. “O conceito dessas expectativas está baseado na continuidade do processo de reformas”, afirmou.

 Dyogo citou como o exemplo a queda do risco-país para 170 pontos, nível menor comparando com o tamanho do serviço da dívida do setor público. Segundo ele, o chamado “carry-over” (crescimento transferido de um ano para outro) já está em 1%. “É pouco provável que tenhamos um PIB abaixo de 1% em 2017”, disse.

O ministro do Planejamento citou a recuperação do mercado de trabalho até mesmo surpreendendo em relação ao que se esperava inicialmente, com mais de 300 mil empregos e o desemprego caindo 13,7% para 12,2%. “Tudo isso cria uma base de segurança para o trabalhador e se reflete na expansão do consumo”.

Reformas


A melhora do ambiente econômico está “intimamente ligada” à agenda de reformas, disse Dyogo Oliveira. Segundo ele, se a reforma da Previdência não for aprovada, a reversão pode ser muito rápida, já no ano que vem. “Não é porque o ambiente melhorou que não precisa fazer a reforma da Previdência”, afirmou.

Ele comentou que há hoje um “prêmio-governo” ou “prêmio-reforma” embutido nos indicadores que refletem a situação da economia, como o risco-país. Pelo tamanho do serviço da dívida, a desconfiança dos investidores deveria impactar negativamente esses índices – o risco País deveria estar em 400 pontos, por exemplo”. Mas o “prêmio” mostra que eles ainda dão ao governo um voto de confiança pela continuidade das reformas. “Quando não se avança nas reformas, pode perder esse prêmio e perder muito rápido”, alertou o ministro.

 

 O ministro demonstrou otimismo com a aprovação da proposta. “Vejo nas conversas com parlamentares que há compreensão da necessidade da reforma da Previdência. Há convencimento”, disse. Segundo o ministro do Planejamento, as últimas modificações permitiram que os pontos “críticos” aos parlamentares fossem retirados, o que facilitou o diálogo. Uma das mudanças foi a manutenção da exigência de tempo mínimo de contribuição para aposentadoria no INSS em 15 anos, em vez de elevar para 25 anos.equilibrado.


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