São Paulo, 08 - No momento em que o setor automotivo e o Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) discutem a o Programa Rota 2030 em substituição ao Inovar Auto - programa de Incentivo à Inovação Tecnológica e Adensamento da Cadeia Produtiva de Veículos Automotores -, o deputado relator da proposta da reforma tributária, Luiz Carlos Hauly (PSDB-PR), disse ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado, que o incentivo não cabe na proposta. "Se for dar para um terá que dar para todo mundo", disse o deputado tucano. O mesmo, disse ele, vale para o setor sucroalcooleiro.
Hauly participa neste momento do Almoço Anual da indústria elétrica e eletrônica, organizado pela Abinee, entidade que agrega as empresa do setor.
Perguntado sobre a fala do presidente Temer, que mais cedo, em evento da indústria química, condicionou seu apoio à reforma tributária ao apoio do setor à reforma da Previdência, Hauly disse que acreditar que a tributária deveria ter sido feita antes das reformas trabalhista e previdenciária.
Hauly disse que está em diálogo com o Ipea e mais "um mutirão de gente" no sentido de convergir os entendimentos para que a proposta de reforma tributária seja apresentada em fevereiro ou março "em um grande entendimento nacional". O deputado paranaense disse também acreditar que a proposta de reforma tributária, ao contrário da previdenciária, será aprovada por unanimidade.
Sobre a previdenciária, Hauly disse que na hora do voto dará seu voto pela reforma, mas desde que o governo mostre que tenha os votos necessários. "O PSDB e eu somos reformistas. Na hora do voto estaremos juntos, mas o governo terá que mostrar que tem os 308 votos necessários", disse.
(Francisco Carlos de Assis e Marcelo Osakabe)