O Ministério Público de Minas Gerais realizou operação nesta quinta-feira para tentar chegar ao valor de cerca de R$ 22.767.187,69 que teriam sido desviados do Banco do Brasil pela transportadora de valores Embraforte.
A ação, batizada de Caixa- Forte, recolheu carros e motos de luxo em um endereço em Belo Horizonte e outro em São Paulo. O MP não revelou o endereço do alvo da ação de hoje.
Ainda de acordo com o MP, a transportadora abasteceu com valores menores que os determinados pelo banco, os caixas eletrônicos da instituição. Os contratos chegaram a ser encerrados, mas não houve restituição do montante.
“Após o encerramento do Inquérito Policial, que concluiu pela prática de crime de peculato, mas não investigou o destino do dinheiro nem outros crimes conexos, a Promotoria Criminal de Belo Horizonte, iniciou uma investigação própria, a fim de apurar o destino dos valores desviados, constatando evidências dos crimes de lavagem de dinheiro e organização criminosa, além de identificar outros envolvidos”, informou o MP.
Para o Ministério Público os valores foram destinados a empresas em nome dos investigados que seriam os “administradores de fato” da Embraforte.
“Essas empresas receberam depósitos de elevados valores em espécie de forma sistemática nos anos investigados, embora várias delas não desenvolvessem atividade econômica, recolhessem impostos ou contratassem funcionários”, destaca o MP.
Carros e motos de luxo
Entre os bens de luxo apreendidos para serem usados como pagamento de do rombo causado, está dois veículos Maserati (Quatroporte e Cupê Câmbio), uma BMW 750i e duas Harley Davidson (FXST e 1931). Além de um Fiat Punto Sporting e uma Fiorino, documentos e aparelhos de telefone celular. Todo o matérial será nalisado pelo MP de Minas.
A ação de hoje, realizada pelos Grupos de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaecos) de Minas e de São Paulo, teve o objetivo de colher mais provas dos crimes, bem como identificar bens e valores que possam servir para o ressarcimento ao Banco do Brasil.