Lagos, 20 - A Justiça italiana acusou, nesta quarta-feira, a Royal Dutch Shell, o diretor executivo da empresa italiana de petróleo e gás ENI e outros executivos da indústria petrolífera em acusações de corrupção ligadas a um acordo de 2011 para adquirir direitos de perfuração na costa da Nigéria.
Os promotores dizem, em documentos judiciais, que o CEO da ENI, Claudio Descalzi, e os demais executivos da Shell e da ENI sabiam que a maioria dos US$ 1,3 bilhão que as duas pagavam ao governo da Nigéria para adquirir direitos de perfuração seria distribuída como suborno. Os promotores argumentam que o presidente da Nigéria, Goodluck Jonathan, recebeu parte das propinas no momento do acordo, segundo documentos judiciais.
O julgamento deve começar em 5 de março e marca um raro exemplo de executivos sênior acusados criminalmente em conexão com a corrupção no setor de petróleo. Na Bolsa de Londres, a ação da Shell terminou o dia em queda de 0,51%, enquanto o papel da ENI recuou 0,50% na Bolsa de Milão. Fonte: Dow Jones Newswires.
(Estadão Conteúdo)