Na justificativa para a decisão, a agência aponta que “apesar de avanços da administração Temer, o Brasil fez progresso mais lento que o esperado em implementar uma legislação significativa para corrigir a derrapagem fiscal estrutural e o aumento dos níveis de endividamento”.
O rebaixamento pela S&P era esperado nas últimas semanas, à medida que falharam as negociações no Congresso para aprovação da reforma da Previdência no final do ano passado.
Desde 2015 o Brasil perdeu o selo de bom pagador, que tinha conquistado em 2008 com a classificação no chamado grau de investimento. A boa classificação nas agências de risco indicam aos investidores que a economia tem baixo risco de dar calote e que as aplicações financeiras feitas por estrangeiros terão risco próximo a zero.
Em agosto, a S&P já havia retirado a nota de risco soberano do Brasil do status de observação negativa, mantendo a nota de crédito do Brasil em moeda estrangeira e local em “BB”, com perspectiva negativa.
Entenda a classificação de risco (rating)
O rating, ou classificação de risco, é uma nota dada a um país, uma empresa ou a uma operação financeira para avaliar o risco de crédito.
Na prática, a classificação serve para indicar a capacidade de um país para pagar suas dívidas e as chances de não conseguir pagar as dívidas, atrasando os pagamentos ou até mesmo dando o calote.
Quanto mais alto for o risco mais difícil a atração de investidores e mais altos os juros cobrados para compensar os riscos dos investimentos.