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Estado de Minas

Tomate sobe 66% e cesta básica volta a custar mais de R$ 400 em BH

Além do tomate, banana-prata e a batata-inglesa também tiveram aumentos significativos em janeiro, de acordo com o Ipead/UFMG


postado em 07/02/2018 19:17 / atualizado em 07/02/2018 19:31

Puxada pelo aumento do preço do tomate, banana-prata e batata-inglesa, o valor da cesta básica em Belo Horizonte voltou a ultrapassar a marca dos R$ 400 no mês de janeiro.

De acordo com levantamento do Instituto de Pesquisas Econômicas, Administrativas e Contábeis de Minas Gerais (Ipead/UFMG), divulgado nesta quartata-feira (7), o custo da cesta básica subiu 5,58% entre dezembro de 2017 e janeiro de 2018. No final do ano passado a cesta custava R$ 383,22, já no primeiro mês do ano o valor subiu para R$ 404,60.

Apesar do aumento no custo de vários alimentos, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) para o mês de janeiro foi o mais baixo dos últimos três anos na capital mineira, ficando em 1,70% ao mês. Somados os últimos 12 meses o índice ficou em 3,44%.

A inflação em janeiro é normalmente a mais alta registrada no ano, uma vez que são considerados os reajustes de vários impostos que começam a valer no início do ano.

“É um reflexo dos aumentos concentrados no IPTU, no IPVA, em gastos com materiais escolares, entre outros gastos. O primeiro mês é o mais pesado para os consumidores”, explica Thaíse Martins, coordenadora de Pesquisa e Desenvolvimento do Ipead/UFMG.

Os alimentos in natura tiveram alta de 10,82% em relação ao mês de dezembro. O destaque negativo foi o tomate, que teve alta de 66%, seguido da banana-prata, 36%, e da batata-inglesa, 16%.

“Os aumentos em alguns alimentos específicos acontecem por interferências climáticas, muita chuva em alguns estados e período de entre safra. Com pouco produto disponível o preço subiu de forma incomum”, avalia Thaíse.

O grupo de despesas pessoais teve um peso ainda maior na inflação de janeiro, com destaque para o aumento de 27,71% no custo para as excursões. Outro gasto que pesou para os consumidores belo-horizontinos no início de 2018 foi a gasolina, que aumentou 5,72% em relação a dezembro.

Consumidor mais consciente

Os pesquisadores do Ipead avaliaram como os consumidores se planejaram com os gastos com os materiais escolares semanas antes do início do ano letivos nas escolas.

Dentre os entrevistados, 80% afirmaram que pretendiam adotar alguma estratégia para economizar na hora da compra. As estratégias mais citadas para reduzir os gastos com materiais foram pesquisar preços em diferentes estabelecimentos (100%), reutilizar material escolar do ano anterior (86,25%) e substituir as marcas mais caras por preços mais em conta.

O levantamento demonstra que o período de crise deixou lições para os consumidores da capital, que estão cada vez mais atentos às pesquisas de preços e adotando estratégias para economizar sempre que possível.

“As compras desnecessárias estão deixando de acontecer ou sendo adiadas, com os consumidores se planejando melhor. Na compra do material escolar, por exemplo, a pesquisa mostra que estão adotando preferencialmente a opção do pagamento à vista e houve queda nas compras parceladas de cartão de crédito. Ou seja, o consumidor está mais atento, buscando negociar descontos e pagando à vista sempre que possível”, afirma.

O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) alcançou um patamar de 38 pontos, aumento de 2,3% em relação a dezembro. Abaixo de 50 pontos o índice é considerado como sinal de que os consumidores estão pessimistas.

“Esse é o maior patamar do ICC desde abril de 2015. Apesar de ainda ser um cenário de pessimismo, o consumidor está retomando a confiança na situação e no cenário econômico do país”, avalia Thaíse.


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