A possível venda da Embraer para a Boeing será debatida hoje na Comissão de Direitos Humanos do Senado. A audiência pública, com previsão de início às 15 horas, foi convocada pelo senador Paulo Paim (PT) a pedido dos sindicatos dos metalúrgicos de São José dos Campos, Botucatu e Araraquara, que representam os trabalhadores da companhia aérea, terceira fabricante de aviões comerciais (foto) do mundo. Além do presidente da Embraer, Paulo Cesar de Souza e Silva, foram convidados para participar das discussões representantes do governo federal no Conselho de Administração da empresa e integrantes dos ministérios da Defesa e da Ciência e Tecnologia. O objetivo da audiência pública é discutir os impactos do negócio nos empregos mantidos pela Embraer. De acordo com um executivo da empresa brasileira, o acordo entre as duas aéreas deverá ser assinado em abril. “Para a Embraer, trata-se de uma oportunidade de ouro que não pode ser desperdiçada”, afirma o executivo.
Capitalizada, Neoway acelera internacionalização
A catarinense Neoway, maior empresa de big data da América Latina, está determinada a acelerar sua internacionalização. Depois de desembarcar em Nova York, vai inaugurar operações em Portugal, Índia, México e Colômbia. Fundada em 2002, a Neoway tem dinheiro de sobra para a expansão. Entre 2014 e 2017, recebeu investimentos de vários fundos: Accel Partners, Endeavor Catalist, PointBreak, Pollux, Andrew Prozes, Accel Partners, Monashees e Temasek.
Brasil é prioridade para grupo hoteleiro espanhol
O setor hoteleiro promete atrair grandes investimentos nos próximos anos. Sinal disso é a vinda ao Brasil do executivo Mario Viazzo, que comanda a rede de resorts Palladium Hotel Group. Depois de orquestrar a estreia de uma operação na Colômbia e intensificar suas aquisições no Caribe, a companhia espanhola vai garimpar oportunidades no mercado brasileiro, onde já opera o Grand Palladium Imbassaí, no litoral baiano. A ordem é colocar o país como prioridade na estratégia de expansão.
Mercedes-Benz retoma contratações
Um dos símbolos da angústia industrial dos últimos anos, a Mercedes-Benz está fazendo as pazes com o Brasil. A montadora (foto) vai contratar 330 funcionários diretos para suas fábricas em São Bernardo do Campo (SP) e Juiz de Fora (MG). “Depois de enfrentar os anos mais difíceis da nossa história, vamos ampliar a operação no Brasil”, diz Philipp Schiemer, presidente para a América Latina. Até 2022, a empresa investirá R$ 2,4 bilhões no país.
US$ 842,6 bilhões é quanto as compras com cartões de crédito movimentaram no Brasil em 2017, alta de 12,4 % ante o ano anterior. Desse total, 20% (ou R$ 167,6 bilhões), foram compras não-presenciais.
RAPIDINHAS
l O plano da suíça Nestlé de dominar o segmento de água mineral tomará ritmo mais cadenciado. Depois de comprar tudo o que podia nessa área, a Nestlé Waters anunciou nos últimos dias a venda de sua divisão para o Grupo Edson Queiroz. O interessante é o motivo: “Aprendemos que água não faz dinheiro”, diz um executivo da empresa.
l O estaleiro italiano Azimut Yachts está convencido que a retomada no Brasil será intensa. A companhia espera aumentar de 40% a 60% as vendas de seus quatro modelos de iates produzidos pela filial brasileira. As embarcações tem de 12 a 25 metros de comprimento e lembram mansões de luxo em alto-mar. Uma embarcação desse porte custa R$ 25 milhões.
l O setor farmacêutico passou ileso pela crise dos últimos 5 anos, mas o melhor está por vir. Essa é a avaliação de Paulo Ricardo Oliveira, presidente da Farmais, uma das maiores redes de farmácias do país. Segundo ele, os indicadores de janeiro e fevereiro mostram que 2018 vem forte como há muito tempo não se via.
l A Câmara de Comércio Brasil-Canadá (CCBC) identificou 16 setores com oportunidades de negócios para pequenos e médios empresários brasileiros interessados em investir no mercado canadense. Entre as áreas destacadas estão alimentação, bebidas, vestuário, joias e bijuterias.