O governo de Minas lançou editais para incrementar a merenda de 253 escolas estaduais de 27 municípios do estado com produtos vindos da agricultura familiar. A iniciativa pretende trazer para as unidades de ensino verduras, legumes, café, quitandas e carnes produzidos por produtores do campo e, assim, combater a pobreza e fortalecer a modalidade.
Segundo o governo do estado, os editais integram o projeto Novos Encontros e a previsão é que sejam adquiridas 570 toneldas de alimentos, o que equivale a R$ 2,7 milhões.
Do total destinado à merenda escolar, 30%, no mínimo, será preenchido com compra de alimentos da agricultura familiar. Será atendidas 759 escolas pública. Serão privilegiados produtos típicos de cada região.
Para isso, o projeto teve parceria com o Sebrae, que acompanhou e sistematizou o mapa de oferta e demanda e a Emater que providenciou a lista com os produtores de cada região e os itens que são cultivados por eles.
A Estratégia de Enfrentamento da Pobreza no Campo é coordenada pela Secretaria de Trabalho e Desenvolvimento Social (Sedese) e tem a participação das secretarias de Educação (SEE), de Planejamento e Gestão (Seplag) e parceria com as secretarias de Desenvolvimento Agrário (Seda) e de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa).
De acordo com o secretário de Planejamento e Gestão, Helvécio Magalhães, a medida mescla duas frentes: a qualidade da merenda e a valorização do pequeno produtor.
“Essa ação é uma resposta do Governo de Minas às demandas de inclusão socioeconômica dos agricultores familiares de Minas Gerais e ainda coloca alimentação saudável à disposição das crianças do estado. Nosso principal objetivo é a segurança alimentar dos alunos da rede estadual”, explica.
Para a secretária de Estado de Trabalho e Desenvolvimento Social, Rosilene Rocha, a proposta do Governo de Minas Gerais é muito importante e visa, entre outros objetivos, combater a fome no campo.
“Com as perdas dos direitos do trabalhador brasileiro promovidas pelo Governo Federal, precisamos facilitar o acesso do pequeno agricultor ao mercado institucional e a permanência das famílias no campo com uma alimentação mais nutritiva e aumento da renda", enfatiza Rosilene Rocha.
Em coro com Rosilene, o secretário de Educação, Wieland Silberschneider, destaca que “a compra institucional qualifica a oferta da alimentação escolar com produtos saudáveis e alimenta uma quantidade significativa de cidadãos, muitas vezes, em situação de insegurança alimentar e nutricional”.