O contrabando do Paraguai para o Brasil movimenta números impressionantes. Para se ter uma ideia, em 2017, as vendas de produtos ilegais geraram R$ 146 bilhões em prejuízos, valor superior ao orçamento de um ano inteiro do Ministério da Saúde (R$ 117,8 bilhões). A ilegalidade atinge em cheio o mercado de trabalho: itens contrabandeados afetam a indústria nacional, que deixa de investir e contratar. O consumidor também sai perdendo. Ao adquirir artigos contrabandeados, ele não só alimenta a violência como coloca a saúde em risco: itens ilegais não passam por qualquer tipo de controle de qualidade. “O volume de cigarros contrabandeados é tão grande que representa 48% do mercado brasileiro, numa lista que inclui eletrônicos, roupas, óculos, brinquedos, remédios e bebidas”, diz Edson Vismona, presidente do Instituto Brasileiro de Ética Concorrencial (Etco). “Além disso, o contrabandista é um disseminador de armas pesadas e drogas para os principais centros urbanos do Brasil.”
O esgoto que gera combustível
Muito em breve, os gases exalados pelo esgoto serão fonte de energia e poderão movimentar parte da frota brasileira. É o que aposta a Sabesp, empresa de saneamento de São Paulo. Depois de inaugurar em Franca, no interior paulista, uma usina de produção de biogás para abastecimento de veículos, a empresa pretende levar a experiência para outras cidades. A tecnologia demandou investimentos de R$ 7,4 milhões.
Um novo jeito de fazer o seguro do carro
A startup suíça Kasko2go vai estrear até o final de abril o primeiro aplicativo de seguro para automóveis baseado em blockchain, a tecnologia por trás das moedas virtuais. Segundo a empresa, o sistema de inteligência artificial vai conectar motoristas prudentes e oferecer apólices que poderão custar até 10 vezes menos do que os seguros tradicionais. Estima-se que um seguro básico saia por menos US$ 50 – valor que, a propósito, poderá ser pago em criptomoedas.
A epidemia da infelicidade no trabalho
Estudo realizado pelo consultor Fredy Machado, um dos maiores especialistas em ambiente corporativo do país, constatou que 40% dos profissionais brasileiros estão infelizes no trabalho e que 65% gostariam de fazer algo diferente da vida. O especialista consultou 300 executivos de 21 estados brasileiros. “A felicidade pode ser medida, controlada e incentivada”, afirma. “Ela é essencial para o aumento da produtividade. Portanto, traz benefícios também para a empresa.”
RAPIDINHAS
» Um abaixo-assinado que pede a regulamentação do cultivo da maconha para fins medicinais será entregue nos próximos dias à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). “A regulamentação é importante para o avanço da produção científica nacional”, afirma o biomédico Renato Filev, pesquisador da Universidade Federal de São Paulo e um dos organizadores do abaixo-assinado.
» Alguns laboratórios farmacêuticos, como o Prati Donaduzzi, do Paraná, já realizam estudos com o canabidiol, o princípio ativo da erva. Estudos internacionais mostram que extrato de canabidiol tem efeito anticonvulsionante e pode ser usado no tratamento de epilepsia em crianças.
» Mesmo sem regulamentação, o mercado de apostas esportivas pela internet avança no Brasil. Segundo estudo da Fundação Getúlio Vargas, ele já movimenta mais de R$ 2 bilhões por ano. A maioria das plataformas hospeda seu site no exterior, principalmente na Inglaterra, que tem forte tradição em negócios desse tipo.
» Está prestes a sair a parceria entre Amazon e Azul Linhas Aéreas para a entrega de mercadorias no Brasil. As negociações começaram há quase um ano e devem ser fechadas nos próximos dias, conforme revelou a agência Reuters. Com a união de forças, a Amazon ganha acesso imediato a mais de 100 aeroportos brasileiros.
"Não tenho dúvida de que esse é o melhor momento para comprar um imóvel"
.Alfredo Meneghetti,
professor de pós-graduação em finanças da PUC-RS, sobre o impacto da queda dos juros no financiamento imobiliário anunciada pela Caixa
US$ 1,3 bilhão
É quanto movimentou o mercado de jogos eletrônicos no Brasil em 2017, o que coloca o país em 13º lugar entre os que mais geraram receitas no setor. Em 2018, a meta é crescer acima de dois dígitos e entrar no grupo dos 10 primeiros colocados