São Paulo – A Petrobras informou ontem ter registrado lucro líquido de R$ 6,961 bilhões no primeiro trimestre deste ano, o que representa aumento de 56% em relação a igual intervalo de 2017 e uma reversão em relação ao prejuízo de R$ 5,477 bilhões dos três meses imediatamente anteriores, conforme os números atribuíveis aos acionistas. O lucro apresentado pela estatal no primeiro trimestre ficou 21,4% acima das expectativas de analistas. O Resultado é o melhor da empresa desde o primeiro trimestre de 2013, quando lucrou R$ 7,6 bilhões.
O presidente da Petrobras, Pedro Parente, destacou que a companhia teve um resultado robusto no resultado do primeiro trimestre deste ano, “o maior resultado desde o primeiro trimestre de 2013, com um lucro operacional bastante satisfatório, representando um acréscimo de 25% em relação ao primeiro trimestre de 2017”. Para Parente, o resultado da empresa no primeiro trimestre deste ano esteve espalhado por todas as suas áreas de atuação “e consolida a recuperação da empresa”.
O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado da petroleira foi de R$ 25,669 bilhões no primeiro trimestre, com alta de 2% em relação ao mesmo intervalo de 2017 e ganho de 98% ante o quarto trimestre do ano passado. A margem Ebitda ajustada ficou em 34% no primeiro trimestre do ano, ante 37% na mesma etapa de 2017 e em comparação aos 17% dos três meses imediatamente anteriores. A receita de vendas somou R$ 74,461 bilhões no primeiro trimestre, o que significa uma alta de 9% na comparação anual e queda de 3% na trimestral.
Investimentos
Os investimentos da Petrobras totalizaram R$ 9,947 bilhões no primeiro trimestre deste ano, baixa de 14% em relação à cifra de igual intervalo de 2017, de R$ 11,542 bilhões. A maior parte dos investimentos foi direcionada à área de exploração e produção (E&P), que recebeu R$ 8,943 bilhões de janeiro a março deste ano, queda de 3% ante o primeiro trimestre de 2017.
Na sequência, apareceram os segmentos de abastecimento, com aporte de R$ 589 milhões (recuo de 27% ante o primeiro trimestre de 2017); gás & energia, com R$ 212 milhões (valor 84% menor em relação a janeiro a março de 2017); distribuição, com R$ 84 milhões (18% mais do que em igual intervalo de 2017); biocombustível, com R$ 20 milhões (alta de 11% ante o primeiro trimestre do ano passado); e corporativo, com R$ 100 milhões (idêntico ao mesmo intervalo de 2017).
Produção
A Petrobras produziu um total de 2,146 milhões de barris por dia de petróleo e LGN no Brasil e no exterior no primeiro trimestre deste ano, o que representa recuo de cerca de 5% em relação a igual intervalo do ano anterior. Na comparação aos três meses imediatamente anteriores, esse número teve ligeira queda de 2%. A produção de gás natural, por sua vez, chegou a 534 mil barris por dia, com leve diminuição de 4% na relação anual e em linha com os últimos três meses de 2017.
De acordo com a petroleira, a produção de petróleo, LGN e gás natural se reduziu na comparação com o mesmo período do ano anterior, principalmente devido ao encerramento do Sistema de Produção Antecipada de Búzios, à parada para manutenção no FPSO Capixaba, à venda do campo de Lapa e à parada de poços na P-25.