Um dia após o Índice Bovespa recuar 3,37%, o presidente Michel Temer minimizou os efeitos da queda no indicador. Em discurso na capital paulista, o emedebista afirmou que a bolsa não caiu, mas "variou", porque não voltou ao patamar de dois anos atrás, antes de ele assumir o governo. Ele classificou a queda no índice como "mais do que natural".
Ao citar os dados do Ibovespa, Temer disse que é preciso "confiar" no que está acontecendo no Brasil. Dizer que a bolsa "caiu", afirmou', é uma "ideia pessimista".
Ao citar o patamar do Ibovespa, o presidente se confundiu e disse que o indicador caiu para "83%", quando na verdade o índice fechou na quinta-feira, 17, aos 83.621,94 pontos. Ele lembrou que o indicador já esteve bem abaixo (48 mil pontos) antes de assumir o governo.
"Quando há uma variação na bolsa, que é mais do que natural, porque essas coisas são assim. A Bolsa não caiu, ela variou, que é diferente de cair", comentou o presidente. "Cair seria voltar aos padrões de dois anos, dois anos e pouco atrás." O presidente destacou que é preciso transmitir uma mensagem de "otimismo".
Citando o ex-ministro da Fazenda Henrique Meirelles, que também estava no evento, Temer disse que os dois tiveram "coragem" ao propor o teto dos gastos públicos e outras medidas econômicas na gestão.
Mais uma vez, o presidente procurou dar um tom de otimismo com o Brasil em seu discurso. "Com otimismo, com certeza de que o Brasil saiu da recessão e vai caminhar, é que eu digo 'vamos em frente'", declarou ao encerrar seu discurso.
O presidente também destacou as propostas de privatizações e afirmou que a iniciativa privada tem mais condições de aplicar inovações tecnológicas no País. Para ele, sem integração entre o governo e as empresas privadas, "o Brasil não prospera". Temer repetiu ainda que as ações do governo foram realizadas "graças ao diálogo" com o Congresso e com a sociedade.