São Paulo - Caminhoneiros voltaram a bloquear rodovias pelo País nesta terça-feira, 22, contra os aumentos seguidos nos preços do diesel. Nesta manhã, por volta das 8h, havia protestos em ao menos sete Estados. Na segunda-feira, as ações paralisaram estradas em 19 Estados e no Distrito Federal.
Em Minas Gerais, há interdição em ao menos 19 municípios, informou a Polícia Rodoviária Federal (PRF) do Estado.
Na BR-101, no km 282, em Santa Catarina, os caminhões já interromperam o tráfego e PRF está mobilizada no local.
O que os caminhoneiros querem é que o governo promova alguma mudança que faça cair os preços do combustível - o pedido é que sejam reduzidos impostos. "Se o nosso transporte é essencial, queremos um preço diferenciado para o diesel no setor de cargas", disse Diumar Bueno, presidente da Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos (não ligados a transportadoras).
O governo fez uma reunião na noite de segunda-feira, 21, para discutir a questão, mas não conseguiu chegar a uma decisão. Nesta terça, haverá mais rodadas de reuniões. A primeira delas será pela manhã, no Ministério da Fazenda, onde o ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, receberá o presidente da Petrobras, Pedro Parente, e o ministro de Minas e Energia, Moreira Franco. Eles deverão tentar encontrar uma forma de evitar oscilações tão frequentes no preço da gasolina e do diesel no mercado doméstico.
Os caminhoneiros reivindicam preço diferenciado para o transporte de cargas e o fim da cobrança de pedágio para o eixo suspenso, além de melhoria no valor do frete.
Segundo o presidente da Associação Brasileira dos Caminhoneiros (Abcam), José da Fonseca Lopes, os reajustes constantes do diesel nas refinarias e dos impostos que recaem sobre o combustível tornaram a situação insustentável. "Mesmo com a mobilização marcada, o governo anunciou outro aumento. Há correção quase diária, que dificulta a previsão de custos por parte do transportador." Segundo ele, os protestos estão sendo pacíficos. "Não apoiamos barricadas, nem depredação de patrimônio público", afirmou.