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Estado de Minas

Caminhoneiros voltam a bloquear rodovias contra aumento nos preços do diesel


postado em 22/05/2018 09:06 / atualizado em 22/05/2018 11:30

São Paulo - Caminhoneiros voltaram a bloquear rodovias pelo País nesta terça-feira, 22, contra os aumentos seguidos nos preços do diesel. Nesta manhã, por volta das 8h, havia protestos em ao menos sete Estados. Na segunda-feira, as ações paralisaram estradas em 19 Estados e no Distrito Federal.

Na Bahia, uma manifestação na BA-535 (Via Parafuso), na altura do km 10, bloqueia os dois sentidos da rodovia, segundo informações da Concessionária Bahia Norte.

Em Minas Gerais, há interdição em ao menos 19 municípios, informou a Polícia Rodoviária Federal (PRF) do Estado.

Na BR-101, no km 282, em Santa Catarina, os caminhões já interromperam o tráfego e PRF está mobilizada no local.

O que os caminhoneiros querem é que o governo promova alguma mudança que faça cair os preços do combustível - o pedido é que sejam reduzidos impostos. "Se o nosso transporte é essencial, queremos um preço diferenciado para o diesel no setor de cargas", disse Diumar Bueno, presidente da Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos (não ligados a transportadoras).

O governo fez uma reunião na noite de segunda-feira, 21, para discutir a questão, mas não conseguiu chegar a uma decisão. Nesta terça, haverá mais rodadas de reuniões. A primeira delas será pela manhã, no Ministério da Fazenda, onde o ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, receberá o presidente da Petrobras, Pedro Parente, e o ministro de Minas e Energia, Moreira Franco. Eles deverão tentar encontrar uma forma de evitar oscilações tão frequentes no preço da gasolina e do diesel no mercado doméstico.

Os caminhoneiros reivindicam preço diferenciado para o transporte de cargas e o fim da cobrança de pedágio para o eixo suspenso, além de melhoria no valor do frete.

Segundo o presidente da Associação Brasileira dos Caminhoneiros (Abcam), José da Fonseca Lopes, os reajustes constantes do diesel nas refinarias e dos impostos que recaem sobre o combustível tornaram a situação insustentável. "Mesmo com a mobilização marcada, o governo anunciou outro aumento. Há correção quase diária, que dificulta a previsão de custos por parte do transportador." Segundo ele, os protestos estão sendo pacíficos. "Não apoiamos barricadas, nem depredação de patrimônio público", afirmou.


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