São Paulo, 22 - A greve dos trabalhadores da construção civil do Estado de São Paulo foi encerrada nesta terça-feira, 22, após os sindicatos representantes de patrões e trabalhadores chegarem a um meio termo sobre a Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) da categoria e a negociação salarial. Sindicalistas informaram ao Broadcast (serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado) que foi acertada uma reposição integral do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) ao longo de um ano até a data-base de 1º de maio (1,69%).
"Os trabalhadores entenderam que o setor não está tão bem para dar um ganho real e que podemos oferecer uma reposição do INPC, de 1,69%", disse Haruo Ishikawa, vice-presidente do sindicato patronal (Sinduscon-SP).
Assim, explicou o executivo, o piso no Estado para profissionais não-qualificados passou para R$ 1.440,87 (R$ 6,55/hora); para profissionais qualificados, R$ 1.752,80 (R$ 7,97/h); e R$ 2.100,39 (R$ 9,55/h) para profissionais das áreas de montagem qualificada e instalações. Foi acordado também um aumento de R$ 16 no vale-alimentação, para R$ 300.
O presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Civil de São Paulo (Sintracon-SP), Antonio de Sousa Ramalho, citou a manutenção das cláusulas sociais da convenção anterior, como café da manhã e lanche da tarde. "Mais importante para nós: não houve aplicabilidade da reforma trabalhista", comentou o sindicalista.
Segundo apuração do Broadcast, foi incluída uma cláusula em que "fica ajustado que as empresas auxiliarão o sindicato na efetivação das arrecadações da contribuição negocial/assistencial de 3% do salários ajustados devidos em maio de 2018 e 1% dos salários de junho de 2018 a abril de 2019 de seus empregados, sindicalizados ou não, em folha de pagamento".
As cláusulas sociais da Convenção têm validade de dois anos, disse Ishikawa, enquanto as cláusulas econômicas do acordo poderão ser renegociadas dentro de um ano.
(Caio Rinaldi)