Rio, 22 - Um comitê de crise foi criado pelo governo federal para acompanhar nacionalmente os efeitos da greve dos caminhoneiros contra o preço do óleo diesel, segundo o ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann. Ele minimizou, no entanto, os prejuízos das manifestações, que, em sua opinião, ainda não interferem no dia-a-dia da população.
"Em alguns Estados, (os prejuízos da greve) já cessaram. Não há maiores dificuldades no Estado de São Paulo e, em alguns outros, continuamos tendo problema. Estamos fazendo parcerias com os governos dos Estados e isso é uma questão de ordem pública, responsabilidade sobretudo dos Estados. Mas estamos à disposição. A Polícia Rodoviária Federal está à disposição, se necessário for", afirmou o ministro após participar de encontro com o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Dyogo Oliveira.
Segundo Jungmann, os efeitos econômicos da greve são pontuais. Ele citou o porto de Suape, em Pernambuco, onde um bloqueio impede a saída de combustível de aviação. "Estamos em contato, falando com o governador, com o secretário de Segurança, acompanhando toda essa movimentação. Mas reitero que até aqui não houve nenhuma solicitação dos Estados para que o governo federal disponibilize recursos e força", disse.
(Fernanda Nunes)