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Estado de Minas

Frangos e suínos ficam sem ração por causa da paralisação dos caminhoneiros em MG

Bloqueios nas estradas impedem o transporte dos animais vivos, ração e cargas. Motoristas protestam contra o reajuste do óleo diesel


postado em 23/05/2018 13:33

O setor de aves e suínos já sente o reflexo das manifestações dos caminhoneiros. Segundo a Associação de Avicultores de Minas Gerais (Avimig), já são mais de 2 milhões de frangos e 100 mil suínos sem alimentos no estado. O fato pode refletir no preço da mercadoria nos supermercados.

De acordo com conselheiro da Avimig, Cláudio Faria, os bloqueios nas estradas impedem o transporte de aves e suínos vivos, ração e cargas refrigeradas destinadas ao abastecimento do mercado. "A interrupção deste fluxo provoca um colapso em todo o setor, com animais morrendo de fome", disse.

Ele explicou que as companhias escoam produtos congelados para o mercado, abastecendo os supermercados e liberando espaço nos frigoríficos para congelamento de novos itens. Nessa etapa, entram os animais prontos para abate, que abre espaço nas granjas para entrada dos pintinhos recém-nascidos.

"Todos necessitam do escoamento e da entrada de insumos para que o processos ocorra em fluxo contínuo", pontuou.

Em Passos (Sul de Minas), Patrocínio (Alto Paranaíba) e Visconde do Rio Branco (Zona da Mata), a interrupção de produção já é uma realidade e a ração não tem chegado para alimentar os animais. 

Desde ontem, segundo a Avimig, cerca de 6 mil trabalhadores voltaram para casas em função da falta de animais para abate.

"Mais uma vez o Brasil está perdendo espaço no mercado externo por problemas internos. Estamos matando a galinha dos ovos de ouro”, completou Cláudio. 


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