A greve dos caminhoneiros que atinge vários estados brasileiros chegou ao seu quarto dia. A categoria protesta contra a alta dos combustíveis. Em Minas Gerais, por volta das 16h, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) contabilizava 52 pontos de interdição nas BRs. Nesses pontos há restrição de passagem para veículos de carga, inclusive caminhonetes e furgões.
16h20 - MANIFESTAÇÕES: restrição de passagem apenas para veículos de carga, inclusive picapes e furgões. pic.twitter.com/UKvAf8voC8
— PRF MINAS GERAIS (@PRF191MG) 24 de maio de 2018
Na Refinaria Gabriel Passos (Regap), em Betim, às margens da BR-381, a movimentação é tranquila nesta manhã. Caminhoneiros permanecem no local, impedindo a entrada e saída de caminhões-tanque na refinaria para reabastecimento, além dos veículos de carga, também com tráfego bloqueado.
Motoristas de caminhonetes e outros veículos que transportam pequenas cargas também estão sendo parados pelos caminhoneiros na MG-424, próximo à Cidade do Galo, em Vespasiano. O protesto acontece em ambos os sentidos. Veículos de passeio podem passar.
Motoristas de caminhonetes e outros veículos que transportam pequenas cargas também estão sendo parados pelos caminhoneiros na MG-424, próximo à Cidade do Galo, em Vespasiano. O protesto acontece em ambos os sentidos. Veículos de passeio podem passar.
Já nas estradas sob responsabilidade da Polícia Militar Rodoviária (PMRv), por volta das 16h havia cinco pontos com restrição de carga. Uma, inclusive, chegou a provocar longas filas no Anel Rodoviário, como ocorrido nessa quarta-feira:
- BR-356, km 56, em ambos os sentidos: permitida passagem de carga viva, produtos perecíveis e veículos de passeio
- BR-356, km 73, em ambos os sentidos: permitida passagem de carga viva, produtos perecíveis e veículos de passeio
- MG-129, km 130, em ambos os sentidos: permitida passagem de carga viva, produtos perecíveis e veículos de passeio
- MG-424, próximo à Cidade do Galo: rodovia bloqueada no início da manhã, já liberada.
A paralisação causou desabastecimento de alimentos e combustíveis, comprometendo vários setores. Sem fornecimento de alimentos, os produtos começaram a desaparecer da CeasaMinas e os preços dispararam, com aumento médio de 140% e em alguns casos de até 470%, como na batata.
Os postos de Minas, São Paulo e outros estados começaram a ficar sem combustíveis. A BHTrans anunciou redução de 50% das viagens de ônibus fora do horário de pico e as empresas avisam que podem ser obrigadas a parar nos próximos dias. A PM diminuiu as viaturas nas ruas.
A falta de combustível também afeta os aeroportos. Em Brasília, pelo menos três voos foram cancelados e terminais de São Paulo, Recife, Palmas, Aracaju e Maceió só tinham querosene de aviação para operar até ontem. Para tentar amenizar o problema, no início da noite o presidente da Petrobras, Pedro Parente, anunciou redução de 10% no preço do diesel durante 15 dias.
Nesta quinta-feira, as hashtags #GreveDosCaminhoneiros e #EuApoioAGreveDosCaminhoneiros lideravam os Trending Topics, lista de assuntos mais comentados do Twitter. Veja a repercussão na rede social:
#grevedoscaminhoneiros Gasolina 8,99 em Recife pic.twitter.com/ervnUHiQ79
%u2014 GABRIEL PINHEIRO (@GABRlELPlNHElRO) 24 de maio de 2018
%u26A1%uFE0F Veja os reflexos da #GreveDosCaminhoneiros nesta quinta em todo o Brasil.https://t.co/IQjh5TSO9A
%u2014 Twitter Moments Brasil (@MomentsBrasil) 24 de maio de 2018
Troco pelo iPhone 7 so chamar #GreveDosCaminhoneiros pic.twitter.com/OC35UTI3y6
%u2014 Thays (@horanprtect) 24 de maio de 2018