Na Região Leste, no Bairro Santa Efigênia, as verduras de folhas já acabaram. Um funcionário, que preferiu não ser identificado, afirmou que a ordem tem sido reajustar os preços, desde o início da greve na última segunda-feira. O empregado também disse que as mercadorias expostas atenderiam à oferta apenas por mais dois dias.
Com 40 anos de experiência no ramo, Roberto Alves abriu um sacolão nesta semana, no Bairro Mangabeiras, na Região Centro-Sul. Segundo ele, ainda não foi possível sentir o baque da greve, apesar dos morangos não estarem mais à disposição do cliente. “Tenho um pouco de tudo. Batata aumentou bastante o preço e o morango acabou, mas o restante ainda dá para dois dias. Esses produtos acabaram porque são diários (com relação à entrega)”, afirma.
O reflexo da paralisação também chegou à CeasaMinas, principal local de abastecimento de frutas, verduras e legumes no estado. O chuchu sofreu um aumento de 142% em comparação a ontem, com o quilo sendo vendido a R$ 0,63 hoje, contra R$ 0,26 de ontem.
Em plano geral, 54 produtos sofreram reajustes nesta quinta-feira, enquanto 21 diminuíram o preço. Ausente das prateleiras nos cinco varejões visitados pela reportagem, o morango apresentou o segundo maior acréscimo: o quilo saiu de R$ 6,70 para R$ 12,00 no mesmo período.