O presidente Michel Temer poderá dar uma nova declaração à imprensa neste domingo. Na sexta-feira, 25, quando o acordo com os caminhoneiros não foi cumprido, o presidente Temer anunciou que estava convocando as forças federais, incluindo Forças Armadas, para desobstruir estradas e forçar a categoria a voltar ao trabalho, tentando retomar o reabastecimento do país.
No momento, a ideia é que, se o presidente falar, seja para fazer um apelo, chamando para o diálogo porque quer evitar o pior, ainda mais agora, com a possibilidade de os petroleiros iniciarem uma greve de 72 horas, a partir de quarta-feira. Com isso, está acontecendo uma romaria de representantes de diversos segmentos ao Planalto para buscar diálogo e vantagens para o seu setor. No caso da Federação dos Petroleiros, no entanto, o governo está "indignado" com o que chamam de "oportunismo" da categoria, que querem promover uma paralisação com "cunho eminentemente político", insistem os interlocutores do presidente.
Assustado com o fato de o movimento dos caminhoneiros não ter recuado e os trabalhadores permanecerem parados, sem distribuir combustíveis e outras mercadorias, deixando o país em uma situação considerada "muito grave", por várias autoridades, o governo Temer decidir reabrir as negociações. O ministro-chefe da Secretaria de Governo, Carlos Marun, chegou a viajar para São Paulo, no sábado à noite para negociar e outros ministros e até ex-ministros estão ajudando nas discussões, com objetivo de tentar vencer o impasse criado.
O ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, receberá lideranças não só do segmento dos caminhoneiros, como de outros setores. E não está descartada a possibilidade de o presidente também receber representantes dos movimento, embora haja interlocutores de Temer acharem essa ideia "absurda".