O governador de São Paulo, Márcio França (PSB), deixou na tarde deste domingo, 27, reunião com representantes de caminhoneiros sem um acordo. "Não conseguimos encontrar um jeito para que o prazo para o desconto no diesel aumentasse para 60 dias. Como era uma das reivindicações, eles preferiram não desmobilizar a categoria", disse o governador, em entrevista a jornalistas, após o encontro.
França começou a entrevista afirmando que, segundo o ministro-chefe da Secretaria de Governo, Carlos Marun, duas demandas dos caminhoneiros já haviam sido atendidas: o desconto de 41 centavos no preço final do diesel e a proposta de medida provisória para retirada, em todo o Brasil, do pedágio no eixo levantado. Depois, ainda citando Marun, disse que o governo conseguiu, nas negociações de hoje, elevar o desconto no diesel para 46 centavos.
A reunião de França com caminhoneiros, a segunda em dois dias, ocorreu no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo estadual. Foi acertado hoje que as medidas tomadas ontem, antes previstas para começar a vigorar na terça-feira, agora ficam para quinta-feira, como o desconto no preço do pedágio no Estado. O adiamento se deve à possibilidade de o governo federal aprovar medida semelhante para todo o País.
O governador chegou a dar uma declaração de apoio aos caminhoneiros, ao dizer que, na ponta do lápis, os profissionais não conseguem, hoje, ter o mínimo de lucro. "Nenhuma manifestação dura tanto tempo se não houver um fundamento muito forte", afirmou. França disse que tentará falar com o presidente Michel Temer ainda hoje para pedir uma solução para a greve.
Segundo França, o abastecimento de serviços essenciais no Estado não preocupa. Ele disse que há 210 escoltas sendo feitas em São Paulo para levar os produtos necessários aos serviços essenciais. "Tudo o que é nosso serviços essenciais do Estado de São Paulo está abastecido com folga para bastante tempo", disse.
(André Ítalo Rocha e Bruno Ribeiro)