Rio, 28 - O economista-chefe da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan), Guilherme Mercês, disse nesta segunda-feira, 28, que o Brasil vive momento de combustão tributária. Ele criticou a decisão do governo de reonerar permanentemente 46 atividades industriais, com aumento de R$ 9 bilhões na arrecadação, com a justificativa de cobrir uma perda de R$ 4 bilhões só até o fim de 2018 com a redução da Cide e do PIS/Cofins.
"A contrapartida para redução do diesel tem que ser a reorganização das contas públicas. Teremos problema se cada setor for requisitar uma parcela do orçamento", disse, ao ser questionado sobre a decisão do governo de manter a desoneração do setor de transportes.
De acordo con Mercês, o setor industrial ainda não avaliou o impacto de todas as medidas anunciadas pelo governo. Não há estimativas sobre que custo terá a nova tabela de fretes, outra reivindicação dos caminhoneiros aceita pelo governo.
"Essa é uma discussão estrutural. O passado foi de disputas entre os setores, mas precisamos evitar isso", completou.
(Renata Batista)