A alta no preço dos combustíveis, em meio ao desabastecimento que tem ocorrido desde a semana passada com a greve dos caminhoneiros, motivou mais uma operação do Departamento Estadual de Investigação de Fraudes da Polícia Civil de Minas Gerais.
Agora, a operação policial fará uma varredura em estabelecimentos da capital mineira, que tem recebido combustível de maneira gradual, sob escolta da Polícia Militar, desde a tarde de segunda-feira.
“O objetivo da operação é tentar evitar a atuação dos postos em frente o aumento de preços que vem sendo praticado. Estamos indo para os postos para fiscalizar e observar o que está acontecendo e aprender um pouco o porquê do aumento de preços. Vamos tentar diplomaticamente conversar e tentar evitar a autuação. Se os proprietários não cederem, vamos conduzir à delegacia para autuação”, explicou o delegado Rodrigo Bossi.
O órgão de defesa do consumidor (Procon) receberá as denúncias de preços abusivos nos postos e dará seguimento aos procedimentos de punição aos proprietários. “O Procon vai definir se é abusivo ou não. Caso comprove a cobrança irregular, elabora-se um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) e depois disso o caso vai para Justiça e aí os proprietários dos postos têm que resolver lá”, disse o delegado.
Após a coletiva, equipes fizeram inspeção em um posto na Avenida Nossa Senhora do Carmo, no Bairro São Bento, Região Centro-Sul de BH, onde não foi encontrada irregularidades e o litro da gasolina é vendido a R$ 4,78. “Eles estão praticando um preço cerca de 10% acima do que eles compraram, então está dentro de uma margem de lucro razoável. Orientamos para não ter um aumento, pois a operação vai continuar", detalhou o delegado Rodrigo Gustamante.
*Estagiário sob supervisão da subeditora Regina Werneck