Representantes da Associação Brasileira de Revendedores de GLP, da Agência Nacional de Petróleo (ANP), da Polícia Militar, Defesa Civil e Ministério Público tem um encontro na tarde desta terça-feira para tentar solucionar o impasse causado pelo fim do estoque de gás de cozinha nas revendedoras.
De acordo com o presidente da Asmirg, Alexandre Borjaini, as distribuidoras tem botijões em estoque, mas os caminhões são impedidos de deixar os pátios pelos caminhoneiros que estão em greve há nove dias.
"A orientação que nós demos é que ninguém tem que ser o super homem e enfrentar os manifestantes", afirmou.
Segundo ele, a reunião de hoje é uma tentativa de garantir escolta da Polícia Militar para o deslocamento dos automóveis até as distribuidoras.
"Já fizemos esse pedido, mas a resposta até agora é que a prioridade é o combustível. Só que as pessoas estão ficando sem gás e a situação está se agravando", lamentou.
Durante esta madrugada, um caminhão com 400 botijões deixou a distribuidora com um carro da PM. Do total, 200 unidades foram para uma distribuidora no bairro Santa Efigênia.
De acordo com o proprietário, Mateus de Moura, o estoque durou uma hora. "Muita gente está com medo de ficar sem gás nesse feriado. Mas infelizmente os caminhoneiros não estão deixando o gás passar. Estou com a empresa parada desde quinta-feira", lamentou.
O técnico em enfermagem Israel Carlos da Cunha, de 51 anos, ficou sabendo da chegada do gás e foi direto para a distribuidora, mas chegou tarde. Não havia nenhuma unidade para vender.
Sem gás desde sábado, ele diz que está se virando com o micro-ondas para cozinhar. O transtorno fez ele ser contra a greve. "Olha a bagunça que os caminhoneiros estão provocando. E o pobre que leva mais ferro", reclamou.