O Estado de Minas foi o vencedor do Prêmio Banco do Nordeste de Jornalismo em Desenvolvimento Regional na categoria nacional de mídia impressa com a série de reportagens “Criatividade e organização, ferramentas que vencem a seca e geram lucros, do jornalista Luiz Ribeiro. As reportagens foram publicadas pela Editoria de Economia/Agropecuária, no período de 15 de maio a 11 de setembro de 2017. Os vencedores foram anunciados na noite desta quinta-feira, em Fortaleza.
O concurso contou com 240 inscrições de veículos de todo país, com vencedores em 10 categorias, de mídia impressa, TV, rádio e internet. Ao todo, o Prêmio Banco do Nordeste de Jornalismo distribuiu R$ 191 mil para os vencedores. A cerimônia de entrega, no encerramento do XXIV Fórum Banco do Nordeste de Jornalismo e do XIII Encontro Regional de Economia, ocorreu na noite de ontem na capital do Ceará e contou com a presença do diretor de Administração do banco, Cláudio Freire, e show do cantor e compositor Danilo Caymmi.
O trabalho do EM vencedor do Prêmio BNB de Jornalismo reúne cinco reportagens que focalizam a criatividade dos produtores do Norte do estado que, com estratégias e medidas para o uso racional da água, conseguem superar a seca, produzir em alta escala, vendendo até para o exterior.
A primeira reportagem aborda um grupo de 97 agricultores familiares que implementaram o Programa de Retomada do Algodão. Mesmo diante da seca rigorosa, eles conseguem uma alta produtividade, com o uso da irrigação complementar e o melhor aproveitamento dos poucos hídricos disponíveis. O projeto virou referência internacional, recebendo visitas de delegações de países com Moçambique, Angola, São Tomé e Príncipe, Cabo Verde e Peru, interessadas em conhecer o sistema.
Outra reportagem mostrou o projeto inovador do cultivo irrigado de pepino na região semiárida, em um sistema de parceria, em que os pequenos produtores recebem orientação técnica, insumos e equipamentos de uma empresa, que também faz a compra antecipada da produção. Na série, foi destacado também o exemplo de um produtor, que com o plantio em hidroponia em uma área de apenas dois hectares, virou o maior fornecedor de alface para Montes Claros (cidade de 400 mil habitantes).
Ainda na série “Criatividade e organização, ferramentas que vencem a seca e geram lucros” ganhou destaque a uva, que, embora seja considerada uma cultura de clima frio, também pode ser plantada com sucesso em regiões quentes, como prova um produtor de Projeto Irrigado do Jaiba (no município homônimo). No mesmo projeto, as reportagens focalizam o êxito dos produtores de manga, que superam a seca e aumentam os lucros, exportando a fruta para a Europa e para o Oriente Médio.
O EM já foi vencedor em outras edições do Premio BNB de Jornalismo, que tem como objetivo “potencializar a visibilidade de ações capazes de promover o desenvolvimento regional, com sustentabilidade. Esta é a segunda vez consecutiva que o EM é premiado, sendo que em 2017, foi vencedor na categoria Extrarregional (Nacional) com a série de reportagens “Mulheres de Fibra”, também de autoria de Luiz Ribeiro e publicada pela Editoria de Economia.
Também neste ano, em fevereiro, o Estado de Minas foi vencedor do 1º Prêmio Nippon de Jornalismo, com a série de reportagens “Da terra ao aço”. O trabalho, assinado pelos jornalistas Marta Vieira, Gustavo Werneck e Luiz Ribeiro (textos) e Tulio Santos (fotos), narra a história dos 110 anos da vinda dos primeiros japoneses para o Brasil e dos 60 anos de presença e do legado deixado pelos pioneiros no Vale do Aço, em Minas.