O comércio de Belo Horizonte espera incrementar as vendas com a proximidade do dia dos pais, comemorado este ano em 12 de agosto. Segundo a Câmara de Dirigentes Lojistas da capital, devem ser injetados R$ 1,8 bilhão na economia em função da data. O crescimento esperado nas vendas em relação a 2017 é de 1,98%, o maior percentual projetado desde 2012.
Segundo a CDL, os comerciantes acreditam que os consumidores vão gastar, em média R$ 121,63 com o presente dos pais. Esse valor no ano passado foi de R$ 180,62. Para o presidente da CDL de BH, Bruno Falci, essa queda no tíquete ocorre porque a recuperação da economia é lenta e o número de desempregados continua alto.
A pesquisa mostrou que a maior parte dos empresários (36,3%) acredita que os consumidores devem gastar menos do que o tíquete médio. A expectativa é que os presentes custem entre R$ 50 e R$100.
Segundo o levantamento, os itens mais procurados devem ser as roupas e, na sequência, as opções serão os acessórios como carteira, cinto, meia, gravata, bolsa e malas. “São itens que se encaixam no orçamento do consumidor e que agradam bastante”, afirma Falci.
A pesquisa da CDL, feita com 230 lojistas entre 21 de junho e 4 de julho, mostrou que eles estão otimistas com o dia dos pais. A maior parte dos entrevistados, 44,1%, acredita que as vendas irão aumentar com a data. Para 25,2%, o desempenho deve ser igual ao do ano passado.
Para o presidente da CDL/BH, Bruno Falci, a expectativa maior por parte dos lojistas se deve ao processo de recuperação da economia. “Estamos com um cenário econômico melhor do que o dos últimos três anos. O processo de recuperação da economia, mesmo lento, tem contribuído para retomada de crescimento do setor, que já vem apresentando resultados positivos”, disse.
O pessimismo, porém, também cresceu. De acordo com a pesquisa, 30,7% dos lojistas esperam um resultado pior que o de 2017. Este percentual, na pesquisa do ano passado, era de 6,4%. De acordo com a CDL, a confiança dos empresários foi abalada por fatores como a greve dos caminhoneiros e a indefinição do cenário político.