Algumas empresas têm o hábito de transmitir para o mundo exterior uma imagem que está longe de corresponder à realidade. Até pouco tempo atrás, a moda era falar em sustentabilidade. A companhia poderia ser uma poluidora contumaz, mas se dizia defensora da natureza porque, digamos, aproveitava a água da chuva. A tendência da vez é o compliance, palavra bacana para definir a cartilha que estabelece controles rígidos e boas regras de conduta corporativa. Desde que a operação Lava-Jato ganhou popularidade, o compliance virou o mantra a ser seguido no ambiente empresarial para evitar que novos casos de corrupção apareçam. Isso pode ser bonito no discurso, mas na prática muitas vezes não passa de ficção. Um estudo da consultoria Deloitte mostra que 70% das empresas que adotaram o compliance nem sequer tentaram medir a eficácia de seus programas. Entre as que mensuraram, só um terço acredita nas métricas utilizadas. Na próxima vez que um executivo falar em compliance, desconfie.
"Podemos estar à beira da maior alta da história do bitcoin”
Mati Greenspan, analista sênior da corretora eToro
RAPIDINHAS
» O empresário Paulo Garcia, dono da Kalunga, rede varejista de artigos para escritório, quer voltar a patrocinar a camisa do Corinthians, como fez nas décadas de 1980 e 1990. Segundo fontes ligadas ao time paulista, Garcia acredita que o time precisará de uma injeção de investimentos para recuperar o bom desempenho dos últimos anos.
» O Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) aposta na tecnologia de reconhecimento facial para a prevenção de fraudes no comércio. A ideia é colocar, nas lojas, câmeras que capturam o rosto do cliente e enviam os dados para um sistema que comprova a identidade da pessoa. Segundo o SPC, a tecnologia começou a ser testada no Nordeste.
» O sistema de resgate de pontos por meio de cartões de fidelidade é a nova tendência das empresas de turismo. Maior empresa do ramo na América Latina, a CVC firmou acordo com a Livelo para que seus 17 milhões de clientes possam trocar pontuação por passagens e estadas. O Brasil tem 112 milhões de usuários de programas de fidelidade.
» A chinesa Huawei definiu uma meta ousada para 2019: se tornar a maior fabricante de celulares do mundo. Em 2017, a empresa vendeu 153,1 milhões de aparelhos, ante 215,8 milhões da Apple e 317 milhões da Samsung. Para virar líder, a Huawei investe na estratégica clássica dos chineses: preços baixos.
Leilões em alta
O mercado brasileiro de leilões está aquecido. Segundo o empresário André Zukerman, CEO da Zukerman, uma das maiores empresas brasileiras do setor, as vendas cresceram 47% em 2017, e 2018 segue pelo mesmo caminho. Os leilões de imóveis lideram o avanço, com cerca de 7,5 mil propriedades negociadas. O executivo afirma que os imóveis foram arrematados com abatimento de 60% em relação aos preços de mercado e o valor movimentado nas vendas passou de R$ 660 milhões.
Habib’s não quer saber de política
Quem não se lembra do empresário Alberto Saraiva (foto), dono do Habib’s e do Ragazzo, encampando movimentos a favor do impeachment de Dilma Rousseff? Apesar de a brincadeira de vender coxinhas de mortadela ter rendido bons resultados (ajudou o faturamento do grupo a superar a casa dos R$ 2 bilhões), Saraiva não quer repetir a experiência na eleição deste ano. Segundo pessoas próximas a ele, as críticas que recebeu deixaram alguns traumas.
As voltas que a publicidade dá
O publicitário Sérgio Lima, que fundou a agência Ad.Dialeto e a vendeu em 2014 para a multinacional Accenture, está de volta ao jogo. Sua nova empresa, a “S8, Sampa”, já se consolidou como a maior agência independente do Brasil. Lima acaba de assumir a área digital da Livelo e de mídia da Pepsico. Além disso, irá estrear um programa de televisão na Record News, sobre marketing e empreendedorismo. O primeiro entrevistado será Tallis Gomes, fundador da Easy Taxi e da Singu.
R$ 2,2 bilhões
é quanto o comércio eletrônico deverá movimentar no Dia dos Pais, alta de 8% em relação ao ano passado. As projeções são da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm)