Após a realização do leilão de privatização da Cepisa, que teve a Equatorial como vencedora, representantes do governo, da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e da Eletrobras destacaram o impacto positivo que a licitação terá na qualidade e nas tarifas cobradas pela distribuidora, assim como nos investimentos da companhia e no caixa do Tesouro.
O diretor-geral da Aneel, Romeu Rufino, disse que uma redução de 8,5% na tarifa da Cepisa será aplicada 45 dias após a assinatura do contrato com a Equatorial, quando haverá a revisão tarifária da distribuidora. Na prática, explicou o diretor da Aneel, a agência reguladora vai reduzir da conta de luz da Cepisa um valor adicional de reajuste que já havia sido autorizado menos de dois anos atrás, justamente para tornar a companhia mais atraente para a privatização.
Em entrevista coletiva concedida à imprensa após a licitação, Rufino destacou o foco da modelagem da licitação na modacidade tarifária e mencionou a experiência positiva da Equatorial após a empresa assumir a Cemar e a Celpa. "A Equatorial entrega resultado."
Ao lado de Rufino na entrevista, o presidente da Eletrobras, Wilson Ferreira Junior, informou que a privatização da distribuidora do Piauí vai acarretar aumento de 50% dos investimentos que já vinham sendo realizados pela estatal de energia na região, dado o aporte de R$ 720 milhões que a Equatorial terá que fazer na distribuidora adquirida.
Ao completar nesta quinta-feira, 26, dois anos na presidência da Eletrobras, Wilson disse que considera como "quase um presente" o sucesso da licitação da Cepisa. "O projeto não era fácil de fazer."
Em sua fala, a diretora do BNDES, Eliane Lustosa, sustentou que o leilão vai representar não apenas uma melhora na qualidade do serviço oferecido pela Cepisa no Piauí, mas também recursos para o caixa do Tesouro. O valor da outorga a ser paga ao governo pela compra da Cepisa é de R$ 95 milhões.
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