A Fitch reafirmou nesta quarta-feira, 1, o rating soberano do Brasil em BB-, com perspectiva estável. De acordo com a agência, a nota do País é contida por fraquezas estruturais nas finanças públicas e pelo alto endividamento, por perspectivas de crescimento "fracas", por um panorama político "desafiador" e por questões relacionadas à questão da corrupção. Por outro lado, o rating é apoiado pela diversidade econômica e por instituições civis consolidadas, com renda per capita mais alta que a mediana dos países do rating igual.
"A capacidade do País de absorver choques externos é apoiada por seu câmbio flexível, desequilíbrios externos pequenos, posição de reservas internacionais robusta, uma posição externa líquida como credor externo soberano e por mercados domésticos desenvolvidos de dívida do governo, além de uma parcela pequena da dívida em moeda estrangeira no total da dívida do governo", afirma a Fitch.
Na opinião da agência, o Brasil passa por uma recuperação "moderada" em 2018, com previsão de crescimento de 1,5%. A greve dos caminhoneiros, as condições de financiamento externo mais apertadas e as "contínuas" incertezas políticas relacionadas ao ciclo eleitoral contêm a retomada, aponta a Fitch. Entre 2019 e 2020, ela prevê que o crescimento do País fique em média em 2,5%.
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