A inflação em Belo Horizonte teve alta de 0,67% em julho, segundo apurou a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas, administrativas e Contábeis de Minas Gerais da Universidade Federal de Minas Gerais (Ipead/UFMG).
Os vilões e que mais impactaram os números do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgados nesta sexta-feira, foram saúde e cuidados pessoais, com alta de 4,16% e alimentos que aumentaram 4,09%.
Por outro lado, alimentos in natura fizeram a boa ação e apresentaram a maior queda, 21,40%. No ano, a inflação em BH acumula alta de 3,83% e considerando os últimos 12 meses, os preços ficaram 5,32% mais elevados.
Ainda de acordo com o levantamento, entre os produtos usados no cotidiano o leite pasteurizado é que apresentou a maior alta, com o preço ficando 11,59% mais caro no último mês. O item excursão, puxado pelo mês de férias, foi o que ficou mais caro. Precisamente 20,05%. Ainda completam a lista de maiores impactadores o plano de saúde individual alta de 10%, seguro voluntário de veículos (3,32%) e refeição (1,89%).
Na outra ponta, graças a esses itens a inflação não teve um salto maior. A batata-inglesa, por exemplo, baixou seu preço em 32,08% e facilmente encontrada a menos de R$ 1 o kg. A gasolina também apresentou leve retração e está 2,09% mais em conta. Estão entre os “bem feitores” o ingresso para jogos de futebol que encolheu 24,95%, tapete (-9,55%) e conserto de automóvel (-3,34%).
“O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) da cidade de Belo Horizonte, que mede a evolução dos gastos das famílias com renda de 1 a 40 salários-minímos, apresentou uma variação positiva de 0,67% na quarta quadrissemana de julho de 2018”, informa o relatório.
Cesta-básica
Apesar da alta na inflação, o levantamento do Ipead trouxe uma boa notícia. O custo da cesta básica, que representa os gastos de um trabalhador adulto com alimentação, ficou com preço 9,08% mais baixo em julho, quando comparado com mês anterior.
Para comprar todos os itens que a compõe o consumidor terá que desembolsar R$ 373,61. O valor corresponde a 39,16% do salário-mínimo, atualmente em R$ 954. Considerando o ano até então a queda é 2,51%. Se olharmos para os últimos 12 meses a queda fica um pouco maior, com preços 5,48% mais baixos.
Entre os produtos que compõe a cesta básica, o tomate santa cruz ficou 41,07% mais barato, seguido da batata-inglesa, 32,26% mais em conta. Logo depois vem a banana-caturra, 28,44% mais baixa e o feijão carioquinha com queda de 6,25%. Já a o leite pasteurizado subiu 6,63% , seguido do arroz com alta de 4,11% no preço e o pão francês 3,85%.