O custo de obras paralisadas no Brasil chega a 0,65% do Produto Interno Bruto (PIB) potencial, ou R$ 42,4 bilhões, segundo cálculo feito pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC). Isso significa que, se as obras fossem concluídas, a capacidade de crescimento do País se elevaria. No ano passado, esse custo foi de R$ 115,1 bilhões, ou 1,8% do PIB, disse o presidente da CBIC, José Carlos Martins, que participa de painel no Congresso Aço Brasil.
Segundo ele, para manter o PIB existente o País precisa investir em torno de 3% e para permitir um crescimento de 4% do PIB o investimento deveria ser na casa de 5%. Ano passado, destacou, foi de 1,4% do PIB. Martins disse ainda que o Brasil precisa de segurança jurídica, o que é "básico para o País poder voltar a ser um País decente", disse.
O Brasil, segundo ele, precisa criar ambiente para que o capital privado invista. Outras necessidades para a melhora da economia, destacou, são crédito, planejamento e estímulo ao capital privado. Martins disse ainda que o setor tem conversado com os presidenciáveis e pedido reformas. "Precisamos de um governante que faça reformas para que este País possa voltar a andar. Quem assumir precisa entender isso", disse.
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